20.7.14
Sophia de Mello Breyner Andresen: "Arte poética"
Arte poética
A dicção não implica estar alegre ou triste
Mas dar minha voz à veemência das coisas
E fazer do mundo exterior substância da minha mente
Como quem devora o coração do leão
Olha fita escuta
Atenta para a caçada no quarto penumbroso
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. "O Búzio de Cós e outros poemas". Edição de Carlos Mendes de Sousa. In:_____. Obra poética. Alfragide: Caminho, 2011.
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Poema,
Sophia de Mello Breyner Andresen
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6 comentários:
Cicero,
poema belíssimo! Grato por compartilhá-lo! Salve!
Abraço forte,
Adriano Nunes
Fantástico.
Me lembrei disto:
Rainer Maria Rilke, Réquiem para um poeta, extraído de Ibáñez Langlois, José Miguel, “Rilke, Pound, Neruda: três mestres da poesia contemporânea”.
Oh velha maldição dos poetas
que se queixam quando devem dizer;
que sempre opinam sobre seus sentimentos
em lugar de formá-los, e supõem
que quanto neles seja triste e alegre
saberiam e poderiam em poemas
chorá-lo ou festejá-lo. Como enfermos
convertem em lamento sua linguagem,
para dizer onde lhes dói, em vez
de se transformarem, duros, em palavras,
como o canteiro de uma catedral
transforma-se na calma da pedra...
Cicero, você sabe se esse é apenas um trecho ou o poema todo?
Você tem um "mapa" de todo o Rilke em português?
Um abraço!
Caro Diogo,
trata-se de um trecho, dedicado ao Conde de Kalckreuth, da segunda parte de um poema longo chamado "Requiem".
Não, não tenho o "mapa" de todo o Rilke em português.
Abraço,
Antonio Cicero
Obrigado, Cicero.
Um último abuso: sabe se há a versão completa do poema disponível na internet?
Grande abraço.
Caro Diogo,
em português, acho que não. Em alemão, deve haver.
Abraço
Obrigado, Cicero.
Um abraço.
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