No domingo passado, dia 3 de fevereiro, o poeta, crítico literário e diplomata Felipe Fortuna comemorou seu aniversário em almoço, no Restaurante Don Camillo, à Avenida Atlântica, ao lado de 50 amigos. Na ocasião, o poeta, crítico literário e acadêmico Antonio Carlos Secchin leu o seguinte, delicioso poema que compôs em homenagem ao aniversariante:
A Felipe Fortuna, na passagem de seus cinquent'anos
Cinquent´anos de Felipe.
Pra começo de conversa,
Nós gostamos muito dele
E achamos que vice-versa.
Sigamos o protocolo
Pertinente a este rito:
Muitas vozes de alegria,
Poucas doses de atrito.
Do talento em prosa e verso
Não há dúvida nenhuma.
O destino atribuiu
A Felipe uma fortuna.
No seu celeiro de musas,
Louise canta em lá-bemol,
Mas nenhuma se compara
1
À graça de um Jovem Sol.
Brindemos, vinho e verdade,
O excelente anfitrião.
Merece passar de ano
Na escola da sedução.
1. “Jovem Sol” é a tradução portuguesa do nome da esposa coreana de Felipe Fortuna.
2 comentários:
Cicero,
que lindo! Salve Secchin!
Abraço forte,
Adriano Nunes
Sensacional. O poema me trouxe à memória uma página quase esquecida de nosso maior crítico literário:
"A este propósito, assinalemos que tais comemorações, a pretexto de elogiar um poderoso, cultuar um santo ou celebrar um acontecimento, eram sutilmente utilizadas pelos participantes para um amplo movimento de elogio mútuo, graças ao qual marcavam-se e reforçavam-se as posições dos membros, – constituindo mais um aspecto daquele mecanismo, já assinalado, de definição de status dos letrados."
Antonio Candido, Formação da Literatura brasileira (p.78)
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