Há alguém ou alguma coisa em mim que não quer (já são 10, 20 vezes que ele escoiceia) começar esse trabalho que devo fazer – cujas idéias estão aí – e até escritas. Mas esse recalcitrante não quer tentar. Ele não entrega a forma – inicial. Cada estratégia de começo o desgosta. O tédio é mais forte. Cata tentativa abandonada aumenta a repugnância.
– Reflexão. Eu disse: alguém. Pois é natural – primitivo – selvagem – personificar um desejo ou uma repulsa que se opõem a uma vontade conforme à pessoa; a pessoa sendo a razoável – a social e sociável – a previdente. (1932-33)
VALÉRY, Paul. Cahiers. Paris: Gallimard, 1973. p.9-10.
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5 comentários:
É SEMPRE DIFÍCIL COMEÇAR, DEPOIS FLUI.
RENATA CORDEIRO
DIFÍCIL É TODO COMEÇO, PORÉM NÃO IMPOSSÍVEL. O MEIO DESLANCHA. MAS O FIM NÃO TEM FIM.
O anônimo do segundo comentário é também a autora do primeiro. Também tenho um blog aqui e achei interessante o que foi Valéry publicou nos "Cahiers du Cinéma" e resolvi dar um palpite.
Visite o meu Blog. Acho que há coisas interessantes (autopropaganda, meleca!)
O meu blog é:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
Renata Cordeiro
O encanto do inicio é o risco do final.Dar inicio coincide com "liberdade" mas dar um fim, é quase uma prisao.
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