9.4.08

Valéry: dos "Cahiers"

alguém ou alguma coisa em mim que não quer (já são 10, 20 vezes que ele escoiceia) começar esse trabalho que devo fazer – cujas idéias estão aí – e até escritas. Mas esse recalcitrante não quer tentar. Ele não entrega a forma – inicial. Cada estratégia de começo o desgosta. O tédio é mais forte. Cata tentativa abandonada aumenta a repugnância.

– Reflexão. Eu disse: alguém. Pois é natural – primitivo – selvagem – personificar um desejo ou uma repulsa que se opõem a uma vontade conforme à pessoa; a pessoa sendo a razoável – a social e sociável – a previdente. (1932-33)

VALÉRY, Paul. Cahiers. Paris: Gallimard, 1973. p.9-10.

5 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

É SEMPRE DIFÍCIL COMEÇAR, DEPOIS FLUI.
RENATA CORDEIRO

Anônimo disse...

DIFÍCIL É TODO COMEÇO, PORÉM NÃO IMPOSSÍVEL. O MEIO DESLANCHA. MAS O FIM NÃO TEM FIM.

RENATA CORDEIRO disse...

O anônimo do segundo comentário é também a autora do primeiro. Também tenho um blog aqui e achei interessante o que foi Valéry publicou nos "Cahiers du Cinéma" e resolvi dar um palpite.
Visite o meu Blog. Acho que há coisas interessantes (autopropaganda, meleca!)

RENATA CORDEIRO disse...

O meu blog é:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
Renata Cordeiro

Anônimo disse...

O encanto do inicio é o risco do final.Dar inicio coincide com "liberdade" mas dar um fim, é quase uma prisao.