16.3.15

Armando Freitas Filho: "Músculo, mas do coração"




                                            para Carlos

Músculo, mas do coração.
A felicidade é indefensável
e esta casa está tão delicada
até nos pregos
construída e definitiva.
Pratos, copos, toda a louça
e o que é de vidro, vive
plenamente -- brilha
sem medo do esplendor.




FREITAS FILHO, Armando. "Músculo, mas do coração". In:_____. "Números anônimos". In:_____. Máquina de escrever. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

Um comentário:

  1. Havia um vulto vil
    na via.
    Avulso,
    quase nem
    se o via.
    Sentado,
    moldava-se
    as pedras
    desconexas.
    Sem nexo
    tambem ele,
    levitava.
    Transeuntes,
    sensatos,
    evitavam-no.

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