As três palavras mais estranhas
Quando pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já se perde no passado.
Quando pronuncio a palavra Silêncio,
suprimo-o.
Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não ser.
SZYMBORSKA, Wisława. "Instante". In:_____.
Poemas. Trad. Regina Przybycien. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
Manual do usuário
ResponderExcluirFonte de água
Que corre corrente
Edificando, editando,
Algo íntimo
Hereditário
Fulminando
A contra-rotura
A contra-cultura
Pela fonte
De água pura.
Interessante, este tão minúsculo e sábio poema. Fez-me lembrar um certo alguém que, usando a imagem de um "estilingue" disse: "Ao puxar o elástico pra trás,com uma das mãos, vai-se ao passado,a outra mão fica no presente, e então joga-se o objeto (pedra?) para o futuro.
ResponderExcluirO uso do estilingue, não é "politicamente" bonito mas, a comparação, foi...
Hei de voltar, para ver mais ACONTECIMETOS....
Sabe que o segundo dístico me faz pensar sempre. Poema conciso e muito bonito!
ResponderExcluirAbraços.
Jefferson.