30.6.10

Entrevista ao Jornal Vaia




O Jornal Vaia publicou em junho uma entrevista que dei ao poeta Sidnei Schneider. O endereço é: http://umbigodolago.blogspot.com/2010/06/um-vinho-digno-de-recordar-dionisio.html.

13 comentários:

  1. pensador,

    um prazer ler sua entrevista,

    um presente inesperado o belíssimo poema inédito, como achar "um vinho digno de recordar Dionísio"

    felicidades, poeta!


    DIAMANTE

    O amor seria fogo ou ar
    em movimento, chama ao vento;
    e no entanto é tão duro amar
    este amor que o seu elemento
    deve ser terra: diamante,
    já que dura e fura e tortura
    e fica tanto mais brilhante
    quanto mais se atrita, e fulgura,
    ao que parece, para sempre:
    e às vezes volta a ser carvão
    a rutilar incandescente
    onde é mais funda a escuridão;
    e volta indecente esplendor
    e loucura e tesão e dor.


    Antonio Cicero

    Jornal Vaia, n. 29, Porto Alegre, abril de 2010.

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  2. Concordo com você, Betina.
    Este poema é uma pepita de ouro, uma pérola, um diamante.

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  3. mto boa entrevista.
    de fato, escrever um poema é tão difícil q já desisti faz tempo... rs
    lindo teu diamante: é tão duro amar!
    abrç.

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  4. Cicero,


    ótima entrevista! E grafite precioso o seu poema!

    Deixo aqui o meu mais recente:

    "Tarde"

    sol a pino
    sal a ponto
    de ser lágrima
    de ser lástima
    de escorrer
    pelos lados
    dos mil olhos
    desta tarde,
    quase esgrima.


    Abraço forte!
    Adriano Nunes.

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  5. Cicero,


    Outro poema:

    "trama retrátil do céu" - Para Waly Salomão.


    divago naufrago em mim
    vísceras nervos diverso
    ventre voz nós nosso verso
    cor de cor corpo carmim

    cravo circunscrito escravo
    trato contrato no pulso
    atrito retrato avulso
    buraco negro recôncavo

    cosmo da sombra escarcéu
    sobra do mel do melhor
    trilha armadilha em redor
    trama retrátil do céu.



    Abraço forte,
    Adriano Nunes.

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  6. Caro Cícero,
    estou adorando ler sua entrevista, sempre pensei nas coisas que você diz, e penso, já enveredei mesmo superficialmente na leitura de filósofos, como Hegel e sua estética para tentar elucidar-me, mas sinto um verdadeiro hiato entre o que se pensa e o que se faz, e pois, concordo quando você diz que o poeta se retira, quando chega o filósofo, e vice-versa, e isso eu relaciono com Hélio Oiticica e a leveza, a coisa do gás Hélio, pois no ato de criar não posso deixar que algo prevalesça sobre a liberdade de criação, bom, estou a refletir em cima dessa entrevista maravilhosa, e, o seu poema, divino, eu quase consigo ouvi-lo declamando, ao vivo, tal ele se encaixa na sua voz, muito obrigada por dividir tal preciosidade!

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  7. Adriano,

    adorei o poema. Parabéns!

    Abraço

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  8. Cicero,


    Adorei a entrevista e o seu belo poema brilha muito e inspira!

    Um poema novo:

    "Ele"



    Revele à pele
    A flor. Modele
    Ao corpo dele
    O amor. Expele

    O sexo aquele

    Homem. Sou eu
    Sua mulher,
    Como qualquer
    Outra. Sou eu
    Revés e le-

    Ve camafeu.




    Abraços,
    Mateus.

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  9. "Entre Vistas" está a Poesia por quem faz, não bastasse este pensar diário, nos chegam os versos diamantes... agora que venha logo o novo livro!!!

    Um beijo, parabéns e gracias Poeta por este teu intenso espraiar poético.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

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  10. Prezado Cícero,
    gosto imensamente de ler o que você pensa. Sobretudo me apraz essa tranquilidade tão sua em defender o que tantas correntes acadêmicas se esforçam por solapar: o acontecimento do poema no recolhimento da leitura (em oposição à celebração da efemeridade da performance), a noção de arte (em oposição à diluição culturalista), o valor estético (contra o vale tudo do relativismo).
    E a admiração que tenho me reacende a cobrança pela realização de uma promessa sua que li já não lembro mais onde: a de escrever um livro de teoria da poesia, em que você iria "colocar tudo o que sabe sobre o assunto" (aqui tento buscar na memória quais eram mesmo as suas palavras).
    Enfim, para quando está marcado o nascimento dessa maravilha?
    Um abraço,
    Flavio Barbeitas.

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  11. Flávio,

    obrigado pelas suas palavras. Realmente, por diversas razões, tive que interromper o trabalho nesse livro. Mas o que você diz me estimula a retomá-lo.

    Abraço

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