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Epitaph
The scent of old roses and tobacco
Takes me back.
It's almost twenty years
Since I last saw you
And our half-hearted love affair goes on.
You left me this:
A hand, half-open, motionless
On a green counterpane.
Enough to build
A few melancholy poems on.
If I had touched you then
One of us might have survived.
Epitáfio
O aroma de rosas velhas e tabaco
Faz-me regressar.
Há quase vinte anos
Que não nos vemos
E a nossa desapegada paixão continua.
Foi isto que me deixaste:
A mão, entreaberta, imóvel
Sobre uma colcha verde.
O bastante para erguer
Alguns poemas melancólicos.
Se então eu te houvesse tocado
Um de nós podia ter sobrevivido.
De: HAMILTON, Ian. Cinquenta poemas. Edição biligue. Trad. Nuno Vidal. Lisboa: Cotovia, 1995.
UM SONETO DE SHAKESPEARE :
ResponderExcluirSoneto XVII
Who will believe my verse in time to come
If it were filled with your most high deserts?
Though yet heaven knows it is but as a tomb
Which hides your life and shows not half your parts.
If I could write the beauty of your eyes
And in fresh numbers number all your graces,
The age to come would say, `This poet lies:
Such heavenly touches ne’er touched earthly faces.’
So should my papers, yellowed with their age,
Be scorned like old men of less truth than tongue,
And your true rights be termed a poet’s rage
And stretched metre of na antigue song:
But were some child of yours alive that time,
You should live twice, in it and in my rhyme.
UM FORTE ABRAÇO!
ADRIANO NUNES.
CISCO
ResponderExcluirV I O N I R
A C L A C A
M S A I U Q
O C I T P O
A N I T E R
V I T R E O
C R I S T A
L I N O A Q
U O S O I R
I S C O R N
E A V O C E
ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.
P.S. : PENA QUE AS CORES ORIGINAIS DO POEMA NÃO APAREÇAM COMO ESTÁ NO BLOG( AS CORES PRIMÁRIAS ). LEMBRANDO QUE A IMAGEM É PROJETADA NA RETINA INVERTIDA E QUE DAÍ SEGUE ATÉ O SULCO DO LÁBIO CALCARINO NO LOBO OCCIPITAL DO CÉREBRO(RESPONSÁVEL PELA VISÃO!)
UM IMENSO ABRAÇO!
lindo, cicero, e uma pedrada no meu peito (rs). da melhor qualidade, é claro, mas, pro momento que vivo, uma pedrada (rs)...
ResponderExcluiradorei o título do poema; condiz com todo o conteúdo (rs).
sabe o que me lembrou? o nosso amado poetinha, com o verso que declara: "porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz".
e é mesmo...
beleza pura, meu lindo!
beijoca!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNossa, absurdamente lindo. Vou procurar ler ainda mais coisas de Hamilton. Passar por aqui é certeza de boas referências. Um beijo, meu poeta.
ResponderExcluirTambém fiquei afim de ver os outros 49 poemas...
ResponderExcluirTradução é tema que me fascina, e tenho sido muito feliz com as que você coloca aqui. Muito obrigado!!
tudo
ResponderExcluirentre nós
é repentino
menos seu olhar
premeditado
tramado
urdido
amealhado
Meu coração
ResponderExcluirÉ cabaço
Inventou mil maneiras
De me esconder
Perdeu-se
No labirinto
Das coisas que sinto
Ou será que minto?
Em meio à guerra de aço
Virou poeira
E só por algum tempo
Vislumbrou
A luz e o som
Na porta da beira
E agora não faz outra coisa senão
Querer revê-la.
Prezado Antonio, a maioria dos poemas estrangeiros quando vertidos para outras linguas perdem algo do seu ritmo, da sua sensibilidade. A tradução do Nuno é tão preciosa que o poema em português chega a ser mais lindo do que em inglês. Obrigado por partilhar. Grande abraço
ResponderExcluirAmei este poema. Voltei aqui só para relê-lo. Vou atrás de mais coisas de Ian Hamilton, que eu não conhecia. Obrigada pelo poema e pela referência.
ResponderExcluirZeus, só conheci depois de aprender a ler, enquanto que, Xangô, Iemanjá, Preto Velho, lembro-me de ter ouvido antes mesmo de Deus, o substativo próprio da idéia de um:
ResponderExcluirabraço,
Marcelo Diniz