Não se pode economizar superlativos ao falar do poema a seguir; trata-se sem dúvida de um dos sonetos mais bonitos que existem:
Soneto da maioridade
O Sol, que pelas ruas da cidade
Revela as marcas do viver humano
Sobre teu belo rosto soberano
Espalha apenas pura claridade.
Nasceste para o Sol; és mocidade
Em plena floração, fruto sem dano
Rosa que enfloresceu, ano por ano
Para uma esplêndida maioridade.
Ao Sol, que é pai do tempo, e nunca mente
Hoje se eleva a minha prece ardente:
Não permita ele nunca que se afoite
A vida em ti, que é sumo de alegria
De maneira que tarde muito a noite
Sobre a manhã radiosa do teu dia.
MORAES, Vinícius. "Soneto da maioridade". In: Nova antologia poética. Org. p. A. Cicero e E. Ferraz. São Paulo: Companhia de Bolso, 2003, p.155.
Ah, poetinha, como ele nos faz bem...lindo poema...leve leve leve...amor.
ResponderExcluirgrande cícero... tem sido legal acompanhar teu blog... abraços... luiz felipe leprevost...
ResponderExcluirnossa, cicero, arrebatador! após a leitura, me senti um garoto pronto pra aprontar (rs)!, cheio de energia colhida nesta bela quinta de sol no rio.
ResponderExcluirlindo lindo lindo!
grande beijo!