Sobre o texto abaixo, em que Plutarco reproduz, em tradução grega, a inscrição que se encontra em Sais, no Egito, no templo a Ísis, Kant declarou que
"Talvez jamais tenha sido dito ou pensado algo mais sublime do que o que se lê naquela inscrição sobre o Templo de Isis (a mãe natureza)" (KANT, Immanuel. Kritik der Uteilskraft. Frankfurt: Suhrkamp, 1957, p.243).
Phýsis, o cicero, kryptesthai phílei!
ResponderExcluirÉ verdade. E viva Heráclito!
ResponderExcluirEu sou aquela que separou o céu da Terra.
ResponderExcluirInstrui a humanidade nos mistérios.
Indiquei seu caminho para as estrelas.
Ordenei o curso do Sol e da Lua.
Sou a rainha dos rios e ventos e mar.
Reuni homens e mulheres.
Dei à humanidade as suas leis e ordenei o que ninguém pode alterar.
Tornei a justiça mais poderosa do que prata e ouro.
Fiz com que a verdade fosse considerada bela.
Eu sou aquela que é considerada a deusa das mulheres.
Eu, Ísis, sou tudo o que foi, o que é e o que será, e mortal nenhum jamais levantou o meu véu.
O fruto que gerei é o Sol.
Esse texto maior não é de Plutarco? Está onde então? No Asno de Ouro de Apuleio? Ou é acréscimo dos exotéricos?
Esse texto não é de Plutarco, mas da "Canção de Ísis", texto egípcio, que Plutarco deve ter lido em tradução grega, e do qual cita a sentença que apresento. Foi através da citação feita por Plutarco que Kant conheceu essa sentença e a considerou sublime.
ResponderExcluirO que você cita é com certeza a tradução para o português da compilação que o egiptólogo americano James Teackle Dennis fez, no início do século XX, da "Canção de Ísis".