Soneto de Natal
Como esperar que o dia pequenino,
com a mesa, a cama, o copo, as cousas simples,
desate em nossas mãos os lenços cheios
de canções e trigais e ninfas tristes?
Menino já não sou. Como de novo
conversar com os pássaros, o peixes,
invejar o galope dos cavalos
e voltar a sentir os velhos êxtases?
A linguagem dos grãos, do manso pêssego,
a bem-amada ensina e novamente
sinto em mim o odor de esterco e leite
dos currais onde a infância tange as reses,
sorve a manhã e permanece neste
cantor da relva mínima e dos bois.
COSTA E SILVA, Alberto da. "Soneto de Natal". In:_____. "Poemas dos vinte anos". In:_____. Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
Feliz Natal, Cicero!
ResponderExcluirObrigado, Rafael! Como hoje já é o dia 26, espero que você tenha tido um feliz Natal e lhe desejo um feliz ano novo!
ResponderExcluirFeliz ano novo pra você também, amigo. Poesia, poesia, poesia!
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