A palavra final
Falo como as plantas.
Digo como as pedras.
Clamo como o réptil,
o miasma e o verme.
Quantas vozes tenho
quando estou calado?
Meu silêncio é a voz
vinda do outro lado
onde a escuridão
dispensa as palavras
a fala espantada
de quem sabe e cala.
IVO, Lêdo. "A palavra final". In:_____. "Crepúsculo civil". In:_____. Poesia completa 1940-2004. Rio de Janeiro: Topbooks, 2004.
Penso no último livro de Ivan Junqueira. Essa música.
ResponderExcluirEmbolada
ResponderExcluirNa madrugada
Os cânticos são mansos
E lá no céu
é possível ver
as estrelas a brincar
Cá estou no limiar
Na curva do emboléu
e ver-te assim tão presente
deixa-me ausente
e contente
A flanar no teu olhar
Na tua virtude de ser
Uma fagulha
Que muito mais que viver
a mandar às favas
é criar um mundo
imenso e profundo
Aonde posso mergulhar
Sem medo de naufragar.
Antonio, qual poema você declama na canção "quanto tempo" do Celso Fonseca?
ResponderExcluir(Espero que esteja bem nesses dias duros)
Caro Atilio,
ResponderExcluirDeclamo o poema "Minos", do meu livro "Guardar".
Abraço
Oi Antonio Cícero, tudo bom? Parabéns pelo belíssimo conjunto da obra. Gostaria de te enviar um e-mail, para qual seria? Obrigado e vida longa!
ResponderExcluirCaro Luck,
ResponderExcluirescreva para este blog mesmo dizendo qual é o seu e-mail. Não publicarei seu comentário, mas escreverei para seu e-mail.
Abraço