Muito obrigado, querido Adriano Nunes, por me ter dedicado seu belo poema!
Numa caixa d'osso
para Antonio Cicero
O cérebro pensa
Estar sobre tudo,
Ainda que mudo,
Além-imanência,
Plantado no alto,
A eus-eixos preso.
Entre mil cabelos
E a vértebra Atlas,
Numa caixa d'osso,
O cérebro sente
Ser só. Diferente-
Mente, do pescoço
Pra baixo, um liame
Faz-se pelos órgãos
Vassalos, então.
Ah, ninguém reclame
Do sol das sinapses!
Um amor perdido,
Os versos no olvido
Do trilhar do lápis!
NUNES, Adriano: "Numa caixa d'osso"
Muito profundo.
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