A tarde precipita sua cor
cai, no começo
no princípio da noite
e o que ainda aqui resiste
meio fera, ao precipício
ficou na beira da taça
que não suporta mais
sequer um riso
pois todo cristal está sempre
na iminência, um minuto antes
de partir.
FREITAS FILHO, Armando. "A tarde precipita sua cor". In:_____.
Uma antologia. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2006.
"A tarde precipita sua cor". Que verso incrível.
ResponderExcluirSeremos cristais. Talvez. Também estamos sempre na iminência.
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