O aeroplano
Quando eu fiz cinco anos,
meu pai deu-me de presente um aeroplano
que ele próprio construíra
com finas hastes de bambu e papel de seda.
Tão leve quanto uma libélula,
o frágil engenho voou até desaparecer
por detrás do muro do quintal
e dos últimos reflexos de um poente de verão.
Ninguém jamais o encontrou.
Eu ia na cabine. Eu e minha infância,
que nunca mais voltou.
JUNQUEIRA, Ivan. "O aeroplano". In:_____.
Essa música. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.
Cicero,
ResponderExcluirgrato por postar esse belo poema de Ivan Junqueira!
Abraçaço,
Adriano Nunes
Muito bonito, Cícero !!!
ResponderExcluirO quera infância para ele?
ResponderExcluircomo podesse vuar
ExcluirEra ser capaz de ir na cabine de um aeroplano construído pelo pai dele com finas hastes de bambu e papel de seda.
ResponderExcluirEm que do eu-lírico esse fato aconteceu
ResponderExcluirQuando ele era criança é tinha cinco anos
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