A poesia
A poesia cruza a terra sozinha,
apóia sua voz no pesar do mundo
e nada pede nem sequer palavras.
Chega de longe e sem hora, nunca avisa;
Possui a chave da porta.
Ao entrar sempre se detém a fitar-nos.
Depois abre sua mão e nos entrega
uma flor ou um cascalho, algo secreto,
mas tão intenso que o coração palpita
demasiado veloz. E despertamos.
Tradução: Adriano Nunes
La poesía
La poesía cruza la tierra sola,
apoya su voz en el dolor del mundo
y nada pide ni siquiera palabras.
Llega de lejos y sin hora, nunca avisa;
tiene la llave de la puerta.
Al entrar siempre se detiene a mirarnos.
Después abre su mano y nos entrega
una flor o un guijarro, algo secreto,
pero tan intenso que el corazón palpita
demasiado veloz. Y despertamos.
MONTEJO, Eugenio. Antologia. Caracas: Monte Avila Editores Latinoamericana, 1a ed edição, 1996.
Sublime. O agradecimento ao tradutor Adriano Nunes vai em forma de um abraço virtual e universal.
ResponderExcluirAo Editor idem.
Obrigado.
Arsenio Meira Junior
Cicero & Arsenio,
ResponderExcluirObrigado! Viva!
Abraço forte,
Adriano Nunes