Palavras aladas
Os juramentos que nos juramos
entrelaçados naquela cama
seriam traídos, se lembrados
hoje. Eram palavras aladas
e faladas não para ficar
mas, encantadas, voar. Faziam
parte das carícias que por lá
sopramos: brisas afrodisíacas
ao pé do ouvido, jamais contratos.
Esqueçamo-las, pois, dentre os atos
da língua, houve outros mais convincentes
e ardentes sobre os lençóis. Que esses,
em futuras noites, em vislumbres
de lembranças, sempre nos deslumbrem.CICERO, Antonio. Porventura. Rio de Janeiro: Record, 2012.
Cicero,
ResponderExcluira beleza! Sim, pode-se dizer que se está diante da própria beleza quando se lê um poema tão bem construído, onde se percebe, nitidamente, o que dita Coleridge: "poetry,—the best words in their best order.". Como eu gostaria de ter escrito tão belo poema! Salve!
Abraço forte,
Adriano Nunes
Caro poeta Antônio Cícero: venho lhe descobrindo pouco a pouco, sua poesia tem conversado comigo e fiquei sua super fã! Gostaria de saber se posso lhe enviar exemplares dos meus livros ou ainda, se posso lhe mandar poemas meus. Perdão pela ousadia... Um grande abraço.
ResponderExcluirCecília Figueiredo - Brasil
Obrigado, Cecília Figueiredo. Pode sim. Aliás, hoje mesmo recebi dois poemas seus de que gostei. Parabéns!
ResponderExcluirAbraço
Muito bom,como sempre,poeta. Entre a palavra e o gesto, entre o tesão e a intenção, você, habilmente, movimenta a sua poesia. Evoé!!!
ResponderExcluirOlá, querido Antonio Cicero. Nesses tempos de pandemia, sua poesia tem sido muito importante para mim. Sou estudante de filosofia e gostaria muito se pudesse bater um papo com você, mesmo que por e-mail. Um abraço.
ResponderExcluirClaro, Leonardo. Vamos conversar por e-mail mesmo.
ResponderExcluirFaça o seguinte: envie-me o seu e-mail. Não vou publicá-lo aqui; vou apenas tomar nota dele e escrever para você.
Abraço