sem título
Sem sonho
e sem castigo
chora chora crocodilo
no sofá de madrugada.
Ontem não foi feliz.
O dia sangrava
contra o sol.
Provou que é só garganta.
E não há o que fazer
senão assistir
se está fora
de perigo
se
à promessa
de leite
e mel
vou beber
de canudinho.
Essa é a ausência
que guardo
nas mãos.
Essas são
as esporas.
Ninguém lhe trará rosas.
Você está
a um passo
do paraíso
e o melhor é dar as costas
ante o que há
de fogo
e combustão
a cada sentença
de manhã.
PINTO, André Luiz.
terno novo. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário