9.3.13

António Osório: "Amo-te"






Amo-te
com pressa
de não acabar o amor.




OSÓRIO, António. "A teia dupla". In:_____. O lugar do amor. Porto: Gota de Água, 1981.

Um comentário:

  1. Cicero,

    lindo!


    Um soneto meu:


    "Alceste" - Para Alberto Lins Caldas


    Ao ver o amado no fúnebre leito,
    Alceste se lança às preces e pede
    Às Queres que a levem. Estando feito
    Magno apelo, de tudo se despede.

    De volta à vida, Admeto logo cede
    À ausência: Sofre, aflito, insatisfeito.
    Mas Héracles se oferece e concede
    Ao rei de Feras dar à dor um jeito.

    Para o Hades o herói parte, ligeiro.
    Nem Tânatos o detém! E ao primeiro
    Fulgor solar entregue vê-se Alceste,

    Bem mais jovem, plena, bela, co' a veste
    Do tempo, sob a calota celeste,
    A sorrir, nos braços do companheiro!


    Abraço forte,
    Adriano Nunes

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