Volta
Volta outras vezes e domina-me,
frêmito amado, volta outras vezes e domina-me --
quando a memória do corpo despertar,
quando ao sangue retornar o desejo de outrora
e os lábios e a pele lembrarem e as mãos
sentirem-se como que tocadas de novo.
Volta outras vezes e domina-me, quando a noite
fizer com que os lábios e a pele se lembrem.
PAES, José Paulo (org.: seleção, tradução direta do grego, prefácio, textos críticos e notas)
Poesia moderna da Grécia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
Caro Cícero
ResponderExcluirDeixei ou tentei deixar um comentário numa publicação sua de 2010 referente a Autoria será que não recebeu?
Maria José Batista
Prezada Maria,
ResponderExcluirpor alguma distração, esqueci de postar seu comentário. Mas já está lá, agora. Obrigado por avisar.
Caro Cícero
ResponderExcluirQuero ressalvar o seguinte, quando digo que um dos meus poemas foi inspirado em mim própria obviamente não me expliquei bem porque também é óbvio para quem lê que me inspirei no célebre "Cavalo de Tróia" para criar a metáfora.
Será que apreciou?
Um abraço
Maria José Batista
Minha admiração por José Paulo Paes só aumentou depois de saber desse trabalho. Vou correr atrás para ter esse livro. Nessa seleção há outros tradutores?
ResponderExcluirEm meu peito
ResponderExcluirSempre coube uma esperança
Desde os tempos de criança
Essa luz que ilumina o dia
Atravessa a noite
Companheira incansável
Até nas horas amargas
Pega a noite e faz dela
O dia
Rebeldia
Pêndulo do
Corpo amado
Vai de um a outro lado
E sou outro
Nasço a cada segundo
Nesse mundo
De olhar embriagado
Entre curvas espelhado.
Memória. Presente. Sentida.
ResponderExcluirAbraços.
Jefferson.