26.5.11

Ricardo Silvestrin: "Cantei a poesia"




cantei a poesia
e ela ficou comigo
por um dia

agora que eu não vivo sem ela
me esnoba
só vem quando quer

ai, mulher difícil
se lhe dou bandeira
ela quer vinícius



SILVESTRIN, Ricardo. Palavra mágica. Porto Alegre: Massao Ohno, 1994.

7 comentários:

  1. gosto demais desse humor inteligente, na obra do Ricardo

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  2. Cicero,

    O poema corrigido é este:

    "amarras" - Para Adriana Calcanhotto.



    o mar
    preso à retina
    arena
    secreta aresta
    sereias
    sérias sibilas
    safos saturnos
    calor
    colares
    castelos

    de areia. amarras
    do amar
    maré altíssima
    faróis: mil sóis...
    íris elétricas
    finais
    de tardes
    a mais
    o coração
    contrastes
    corais.


    Abração,
    Adriano Nunes.

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  3. cicero,

    mto bom o poema!

    e por falar em dar bandeira, tenho acompanhado as discussões sobre o kit homofobia. acho tudo uma bobagem: o kit e a discussão.
    se aos alunos fosse permitido um estudo de filosofia sério, a própria noção de mundo moderno descartaria o kit. e a bancada evangélica seria risível. aliás, haveria, nessa hipótese, bancada evangélica? talvez nem houvesse dilma...

    se tiveres um tempinho, leia "ilusões pesadas", do francês sacha sperling, que com apenas 18 anos escreveu um livro lindo lindo lindo. esse sim, deveria ser distribuído nas escolas.

    já teve tempo de conhecer o restaurante russo daqui de terê?

    abrç.

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  4. cicero,

    que humor delicioso, adorei o poema.

    saudade de rir com você.

    arthur

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