A carpa
Carpas, viveis tão longa vida
Nesses viveiros de água fria!
Será que a morte vos olvida,
Ó peixes da melancolia.
La carpe
Dans vos viviers, dans vos étangs,
Carpes, que vous vivez longtemps !
Est-ce que la mort vous oublie,
Poissons de la mélancolie.
APOLLINAIRE, Guillaume.
Alcools, suivi de Le bestiaire illustré par Raoul Dufy et de Vitam impedere amori. Paris: Gallimard, 1978.
APOLLINAIRE, Guillaume. "As carpas". Tradução de R. Magalhães Júnior. In: MAGALHÃES JÚNIOR, R.
Antologia de poetas franceses. Rio de Janeiro: Gráfica Tupy, 1950.
"Falo neste lugar onde se morre"
ResponderExcluirM. Blanchot.
Poema perfeito.
ResponderExcluirQue beleza de poema, e que beleza de tradução! Dá gosto.
ResponderExcluirpoema de Marianne Moore, tradução minha.
ResponderExcluirArthur Mitchell
Slim dragonfly
too rapid for the eye
to cage –
contagious gem of virtuosity –
make visible, mentality.
Your jewels of mobility
reveal
and veil
a peacock-tail.
Arthur Mitchell
Libélula arisca
tão rápida que da vista
escapa –
contagiosa pedra de virtude –
mentalidade, seja óbvia.
Tuas venturosas jóias
revelam
e velam
uma cauda de pavão.
“Pois viver mal e sem espírito (phronimôs), dizia o sábio (sôphronôs) e piedoso (osiôs) Demócrito, não é, apenas, viver mal, mas ir morrendo durante muito tempo” (Porfírio, Sobre a abstinência, IV, 21).
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