Publico aqui um deles:
Longe
A chuva forte, o resfriado
real ou fingido, e eis-me livre
da escola e solto no meu quarto,
nos lençóis, nos mares de Chipre
ou no salão de Ana Pavlovna
ou no de Alcínoo, nas cavernas
de Barabar ou sob a abóbada
de Xanadu; perplexo em Tebas
e pelas veredas ambíguas
do sertão do corpo da língua,
cada vez mais longe de escolas
e de peladas e de bolas
e de promessas de futuros,
é mesmo errático meu rumo.
Longe de promessas de futuros,
ResponderExcluiré mesmo errático meu rumo.
Perfeito Antonio, perfeito Carlos. Perfeito sertão que desatina o rumo.
ResponderExcluirAdmiro muito sua poesia, textos e blog... Apenas acho um abuso aqueles que "usam" este espaço de comentários para desesperadamente divulgar ou promover sua poesia ou blog.
ResponderExcluirCada coisa na hora certa.
Parabéns!
Ao longe que - solto - se pode ir.
ResponderExcluirLonge das promessas e dos ordinários.
Esse poema foi "longe", Cícero!
Gostei muito.
Jefferson.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMaravilha de poema, ler algo assim me projeta para outro espaço/tempo, é algo único, muito obrigada, poeta e, bendito dia em que achei seu blog! bjs
ResponderExcluirMuitíssimo obrigado, Alcione. Seja bem-vindo!
ResponderExcluirAmado Cicero,
ResponderExcluirQue pérola maravilhosa! Bravo!
Abração,
Adriano Nunes.
Lindíssimo poema. Uma boa definição de mim, rsrs. Abraço, poeta!
ResponderExcluirObrigado, Leonardo!
ResponderExcluirAbraço