12.9.10

Bertolt Brecht: "Meiner Mutter" / A minha mãe: trad. de Paulo César de Souza




A minha mãe

Quando ela acabou, foi colocada na terra
Flores nascem, borboletas esvoejam por
&nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp cima...
Leve, ela não fez pressão sobre a terra
Quanta dor foi preciso para que ficasse tão
&nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp leve!



Meiner Mutter

Als sie nun aus war, ließ man in Erde sie
Blumen wachsen, Falter gaukeln darüber hin...
Sie, die Leichte, drückte die Erde kaum
Wieviel Schmerz brauchte es, bis sie so leicht
&nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp &nbsp ward!



BRECHT, Bertolt. Poemas 1913-1956. Seleção e tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Editora 34, 2000.

BRECHT, Bertolt. Gesammelte Werke in 20 Bänden (8-10). Frankfurt: Suhrkamp, 1967.

17 comentários:

  1. Retrato lírico e perfeito de uma dor tão profunda.

    Belíssimo poema.

    Obrigada, Cicero.

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  2. antônio, olá. passeei por teu blog por um tempo. gostei muito. deixo aqui link para uma postagem que fiz sobre um livro teu. legal encontrá-lo nesse mundo-dos-blogs. grande abraço, ítalo.

    http://um-sentir.blogspot.com/search/label/ant%C3%B4nio%20c%C3%ADcero

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  3. Obrigado, Ítalo, pelas palavras sobre meu livro.

    Abraço

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  4. Caro Cícero, gostaria de me desculpar perante você e seus leitores porque disse que fiz um blog de poesia "caminhando" e depois tirei do ar porque não gostei, vou elaborar melhor, de todo modo desculpa, foi mal, um abraço!

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  5. Antonio Cicero que coisa maravilhosa esse poema. O li imediatamento depois do poema do César Vallejo. Me emocionei no impacto. putz.thanks a lot.
    abr.Vinicius.

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  6. coisa mais linda é poesia
    inda quando fala de coisa nossa
    vida e respiro.
    gotei muito.
    beijos

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  7. Cícero,
    sabendo de sua história recente, sei que, além de lindo, esse poema é necessário.

    Forte abraço.

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  8. sempre as mulheres, carregando o peso da parabola brechtiana...

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  9. Um dos inúmeros poemas de Vallejo sobre a "mãe"

    ¿Que sabiduría es mayor que el ser madre? ¿Y qué fórmula más perfecta de amor real, ideal o utópico que el ser madre?

    abraços a todos

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  10. esqueci-me de dizer que o post anterior é o trecho final do poema "Estoy plasmando tu formula de amor

    abraços

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  11. Cícero,
    Tocante. Li diversas vezes, e não há palavras.
    JR.

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  12. Me faz pensar que um dia também eu irei perder minha mãe...

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  13. paulinho (paulo sabino)13 de setembro de 2010 às 15:49

    cicero, moço bonito,

    que comovente, que delicado poema!...

    a saudade fica, porém, junto a ela, todas as lindas e boas recordações também. (que bom!)

    bitoca gostosa em você!

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  14. Amado Cicero,


    Um poema de peso! Belíssimo!


    Meu novo poema:

    "aos poucos. um pouco"

    a face se faz
    aos poucos. um pouco
    de pó... que rapaz
    mais voraz e louco!

    colore o nariz
    de vermelho. vive
    a ouvir: bis! feliz...
    por um triz, não vive

    o passado. à luz
    de ser, o espetáculo
    em tudo reluz.
    disse-lhe um oráculo:

    (ou somente a voz
    do coração?) vale
    a vida, essa foz,
    a pena! propale

    o riso! de vez,
    refletiu: que faço?
    e, sem timidez,
    vibrou: sou palhaço!



    Abração,
    A, Nunes.

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  15. Martelo mãe

    Pelo elo
    Pelo belo
    Pela conta sem ponta
    Pela lua
    Infinitamente bela
    Pela rua
    Passos trôpegos
    De quem reinicia do zero
    Pelo martelo
    Pelo elo
    Pela mãe
    Pela ternura
    Que flutua sem razão
    Ditada apenas
    Pelas leis do coração.

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  16. Belo BRECHT !!!!
    Grande BRECHT !!!!

    "Como posso com lama até os olhos
    conservar limpas as unhas nas pontas dos dedos ?"

    JORGE SALOMÃO RIO 2010

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  17. Nossa!!!! Que delicadeza!!!
    Poema maravilhoso!

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