26.5.10

Arnaldo Antunes: "margem"




qual

mar

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fico

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ant

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o o

bast

ante

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eu de

serto





ANTUNES, Arnaldo. N. D. A. São Paulo: Iluminuras, 2010.

15 comentários:

  1. Cicero,


    Outra alegria sem fim! Amo Arnaldo! Que lindo! Adoro esse poema por vários motivos. Um deles: as quebras proporcionam uma rima (?) entre as letras finais de cada verso... Como gotas. Ao mesmo tempo, amplia-se: mar/imagem.

    Valeu!


    Abraço forte!
    Adriano Nunes.


    Um poema meu:

    "O sonho a solver" - Para Sandra Santos.

    Os sonhos? Não os tenho.
    Tenho sono.
    Tenho ócio.
    Tenho tédio.
    Quase vertigem,
    Mas é sério:
    O que é dormir?

    Os sonhos? Não os sonho.
    Tenho medo.
    Tenho mágoas.
    Tenho planos
    Enterrados a sete palmos
    Nas planícies da minh'alma.
    Tenho náuseas.

    Os sonhos? Não os conheço.
    Tenho pensado
    Pouco mesmo em
    Tê-los. Nunca os vi.
    Tenho sim em mim
    Um desejo: Torná-los
    Pesadelos ou sê-los.

    Adriano Nunes.

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  2. "Se caio

    é sem sair do lugar."

    Rubens Torres Filho

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  3. língual (para ler em língualta)

    qualé
    atrib
    ominh
    aqual
    équal
    éamin
    haqua
    léami
    nhaqu
    aléam
    inhaq
    ualéa
    minha
    qualt
    riboé
    minha
    quala
    lingu
    aminh
    aélin
    guaqu
    aléal
    íngua
    triba
    língu
    aqual
    éamin
    halín
    guaqu
    aléli
    nguaq
    ualli
    ngual

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  4. Oi Cicero.

    Também gosto muito do Arnaldo, tanto na música quanto na poesia.

    Queria sugerir que você, ao publicar poemas aqui no blog, fizesse algumas considerações sobre a obra e/ou sobre o autor.
    Acredito que todos os leitores desse espaço ficariam felizes em aprender um pouco mais contigo.

    Grande Abraço!

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  5. Cícero,


    Admiro o trabalho do Arnaldo Antunes. Muito bom esse poema, assim fragmentado.

    Um meu:

    "Dispersão"

    Escrevendo eu vou fundo
    Eu me fundo
    Eu me formo
    Eu me findo
    Eu me firmo no mundo.

    Sentindo-me sou muito
    Eu me faço
    Eu me finco
    Eu me fuço
    Eu me curto profundo

    No verso. Eu me transformo
    Pássaro
    Pedra
    Fenda
    Vácuo
    Sumo
    Pranto
    Fábula
    Venda
    Súplica
    Prece
    Peixe
    Ponte
    Vida
    Surto
    Feixe
    Saga
    Fênix...

    Depois, sem forma,
    Agarro-me

    Às cinzas, todas elas,

    Do instante
    Que passou...

    Pelas frestas do agora.


    Abraços,
    Mateus.

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  6. observador,

    é um poeta único, não é?

    ele faz a palavra se arrepender de não ser outra e a transforma para redimi-la.

    sou fã de todo o trabalho dele, música, poesia, arte, ....

    grande abraço, Cícero.

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  7. Ar /
    nau /
    do /
    ante /
    une /
    s /

    lindolindo.

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  8. Cicero,

    Um poema novo:

    "Regra cotidiana" - Para Betina Moraes.

    Esquecer quem sou, claro.
    Desligar-me de tudo.
    Sobre o criado-mudo
    Pôr o tempo, amar o

    Momento raro, ter
    A vida, esse poema,
    Felicidade extrema,
    Importante prazer.

    Depois, andar à-toa,
    Sem pressa, por aí,
    Degustar açaí
    E ser outra pessoa.


    Abraço forte,
    Adriano Nunes.

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  9. É

    Um

    m
    a
    r

    c
    o
    m
    a

    Lula

    Pulando
    nos

    d
    e
    n
    t
    e
    s

    do
    Tubarão

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  10. Show!!! Arnaldo Antunes mostra q ainda é possivel ser/tentar ser/emular o Concretismo!!!

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  11. VÃO

    NAV
    EGO
    TRAF
    EGO
    SEM
    RUMO
    SUMO
    NEGO
    CEGO
    NA
    CONTRA
    MÃO
    TEU
    VIS
    LUMBRE
    TEU
    LUME
    MEU
    COR
    AÇÃO
    VER
    MELHO
    AMAR
    ELO
    ELO
    VÃO

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  12. Tenho medo dos limites que imponho aos meus medos.

    Prozaico

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  13. palavras
    procuro por elas

    só no deserto as encontro

    temo
    emudecer para sempre

    tanto mar

    (mergulho)

    a poesia de antunes é sempre um mergulho.

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