29.4.10

Giuseppe Ungaretti: "Tappeto" / "Tapete": trad. de Sérgio Wax




Tapete

Cada cor expande-se e deita
nas outras cores

Para estar mais só se a olhares




Tappeto

Ogni colore si espande e si adagia
negli altri colori

Per essere più solo se lo guardi




UNGARETTI, Giuseppe. A alegria / L'allegria. Edição bilingue. Trad. Sérgio Wax. Belém: CEJUP, 1992.

10 comentários:

  1. Cicero, sinto muito a falta de certos poetas. Ler Ungaretti é sublime demais. Fazia tempo que não o lia. Nem comentava nem ouvia comentário sobre. Nâo conversava sobre esse poeta extraordinário. Beleza pura.
    João

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  2. As mãos erguidas para o universo
    Aberto
    Vida sem censura
    Pura
    Espera
    Banhada pelos sons
    Das gotas caindo
    Ao longo da esfera
    Eixo perfeito
    Seus pés.

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  3. Antonio Cícero,

    Ungaretti afirmava que "um dos dramas da modernidade é que as palavras perderam seu valor religioso".Nesse seu belo poema, vemos, entre outras coisas, o trabalho por restabelecer parte desta perda.
    Maravilhosa postagem.

    maria

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  4. puxando o tapete

    desde meu comentário infeliz em post passado, q receio tc por aqui.
    mas é que... sei lá, iniciada a camapanha eleitoral, e os artifícios utilizados pelo "poder econômico" tão abaixo da cintura, q passo a ter dúvidas se sofro de pirineia.
    sei q não tens mto tempo pra ficar pesquisando bobagens, mas um dia, numa pausa pro café, experimente teclar a palavra "mentiroso" no google.
    o curioso é q a palavra "mentiroso" não aparece no site que encontra-se listado em primeiro lugar.

    bom fim de semana!

    ps: às vezes me sinto um lúmpem de segunda categoria...

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  5. Cicero,


    Bela postagem! Grato!


    Um poema que fiz para você hoje:


    "Desde o âmago" - Para Antonio Cicero.


    Do cérebro à
    Periferia
    Da paisagem,

    Os ângulos,
    As retas, os restos
    Dos Arcos.

    - De qual Lapa?
    De que Paris? -
    Córnea, íris,

    Cristalino...
    Olhar
    Desde o âmago

    À cor
    Do nervo in-
    Visível,

    Ao tempo diver-
    So, divergindo
    Do que houver.

    Pela aresta,
    Pelo raio
    Da fresta semi-

    Aberta, a ferida
    Lateja, o coração,
    Tal pétala, é

    Arrancado:
    Que verso
    Anda me quer?

    O meu sonho
    Periga vir
    À tona.

    O diâmetro
    Dessa dor
    É impreciso.




    Grande abraço,
    Adriano Nunes.

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  6. Cicero,


    Ungaretti nos rapta pela simplicidade complexa! Amei!


    Vou postar aqui mais um poema meu. Componho muito pouco e agora toda vez que faço um poema tenho uma necessidade vital de mostrar a ti!




    "Desarranjo"


    Isto aquilo
    Um lugar
    Se preciso

    For. Mudar
    Tudo já:
    Amor ódio

    Acaso óbvio
    Pranto riso.
    Nada disso!

    Coração,
    iludi-lo
    Nunca posso.


    Abraço,
    Mateus.

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  7. No meio da sala vazia às 2 da manhã. Muito bom.

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  8. Olá Cícero, gostei demais do teu blog e também dos poemas, não só pela variedade de autores, assim como pelo bom gosto da escolha. Não conhecia este poema. Sublime!Sou escritora e poetisa e gostaria de convidar a todos os que seguem o teu blog a visitarem o meu:
    www.amoresias.blogspot.com
    Um abraço e continuarei te seguindo!

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  9. Olá, estou precisando do contato do Sérgio Wax, por causa de uma tradução que ele fez. Meu e-mail é cris@artefatocultural.com.br; se puder falar com ele, agradeço.

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  10. Infeizmente, não tenho como entrar em contato com o Sergio Wax, que não conheço pessoalmente.

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