28.4.10
Curso "Como ler um poema", no POP, no Rio de Janeiro
Polo de Pensamento Contemporâneo: Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682
Curso iniciando no dia 04 de maio
Inscrições pelo tel. (21) 2286-3299 ou pelo site
www.polodepensamento.com.br
COMO LER UM POEMA
com Antonio Cicero
A leitura de um poema, mesmo quando efetuada em voz baixa ou interior, não se compara às demais experiências de leitura. Ela deve ser progressiva e regressiva, levando em conta todos os elementos semânticos e sintáticos, formais e materiais, descritivos e alusivos de que o poema é composto.Do contrário, o poema não é fruído como obra de arte: não é fruído como deve sê-lo.
O curso “Como ler um poema” pretende, através de abordagens exemplares de alguns dos maiores poemas da literatura universal e brasileira, indicar como se deve ler um poema para fruí-lo enquanto obra de arte.
Para todos os interessados em literatura
4 aulas, terças-feiras:
4, 11, 18 e 25 de maio
19h30 - 21h30
Valor: R$ 320,00
50% na inscrição, 50% em cheque pré-datado para até 30 dias
Até terça!
ResponderExcluirQue bom, Letícia!
ResponderExcluirAté terça!
Abraço
Cícero, passo só para comentar positivamente sua participação no congresso de poesia da puc, juntamente com eucanaã.
ResponderExcluira leitura de "eu vi o rei" foi muito boa. você tem leitura desse poema gravada?
Obrigado, Anderson.
ResponderExcluirSim, tenho o poema "Eu vi o rei" gravado no disco Antonio Cicero por Antonio Cicero, editado pela Luz da Cidade. Em São Paulo, você pode encontrá-lo no Centro Cultural B_arco, na Rua Dr. Virgíio Carvalho Pinto, em Pinheiros.
Abraço
opa, legal.
ResponderExcluirobrigado pelo retorno!
anderson.
Olá, faz pouco que conheci, parabéns pelo blog... Espero que não ofenda esse desconhecido amadorismo(se alguém aí chegar a dar-lhe clique), mas estou tentando divulgá-lo: http://juliaguara.blogspot.com/ Obrigada
ResponderExcluirOi Cícero,
ResponderExcluirEm agradecimento pela poesia de ontem no POP,um poema de Miguel Torga.
Um abraço e até terça,
Eleonora
Aos Poetas
Somos nós
As humanas cigarras.
Nós,
Desde o tempo de Esopo conhecidos...
Nós,
Preguiçosos insectos perseguidos.
Somos nós os ridículos comparsas
Da fábula burguesa da formiga.
Nós, a tribo faminta de ciganos
Que se abriga
Ao luar.
Nós, que nunca passamos,
A passar...
Somos nós, e só nós podemos ter
Asas sonoras.
Asas que em certas horas
Palpitam.
Asas que morrem, mas que ressuscitam
Da sepultura.
E que da planura
Da seara
Erguem a um campo de maior altura
A mão que só altura semeara.
Por isso a vós, Poetas, eu levanto
A taça fraternal deste meu canto,
E bebo em vossa honra o doce vinho
Da amizade e da paz.
Vinho que não é meu,
Mas sim do mosto que a beleza traz.
E vos digo e conjuro que canteis.
Que sejais menestréis
Duma gesta de amor universal.
Duma epopeia que não tenha reis,
Mas homens de tamanho natural.
Homens de toda a terra sem fronteiras.
De todos os feitios e maneiras,
Da cor que o sol lhes deu à flor da pele.
Crias de Adão e Eva verdadeiras.
Homens da torre de Babel.
Homens do dia-a-dia
Que levantem paredes de ilusão.
Homens de pés no chão,
Que se calcem de sonho e de poesia
Pela graça infantil da vossa mão.
Miguel Torga, in 'Odes'
Penso ser infinitamente mais difícil "ler" um poema do que "escrevê-lo". Quando o escrevemos basta seguir o grafite ou teclado que são guiados pelo desassossego da alma (é doloroso, mas não muito difícil).
ResponderExcluirAgora, "ler" um poema, é necessãio colocar na mesma sintonia voz, sentimento e letras. E para alcançar essa sincronicidade é imprescindível se desnudar das máscaras e deixar todos os sentimentos explícitos...
Que bom saber que existe até curso pra isso! Como um curso de testro em que é ensinado aos alunos 'vivenciar' sentimentos.
Estranho, como algo que deveria ser absolutamente natural ao Ser Humano, muitas vezes, precisa lhe ser ensinado. Mas é melhor assim do que continuar com as máscaras...
Um beijo!!! Continue ensinando esse povo a abrir a alma e o coração. É uma missão muito bonita a sua. Parabéns!!!