Anti-Ícaro
Não sei se foi voo
Ou queda.
O abismo me encontrou
Quando pus os pés no chão.
Não desejei estrelas
Nem derreti as asas
Ao procurar o sol.
Caí sem ter subido aos céus.
Esse belo poema se encontra no livro Cabeça, tronco e versos,
que o poeta Victor Colonna estará lançando no dia 13/10, às 20h, no sebo Baratos da Ribeiro, à Rua Barata Ribeiro 354, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Cicero,
ResponderExcluire é mesmo um belo, grandioso poema. quem não revê um momento ou outro da sua vida neste anti-Ícaro? gosto de poemas assim - que falam melhor do que eu falaria de mim.
Abraço,
F.
Cicero,
ResponderExcluirLindo o poema de Victor!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Realmente um belo poema.
ResponderExcluirsó ao longe as estrelas "são o que são", e desse mesmo ao longe "sou o que sou".
ResponderExcluirNa Véspera
Álvaro de campos
Na véspera de não partir nunca
Ao menos não há que arrumar malas
Nem que fazer planos em papel,
Com acompanhamento involuntário de esquecimentos,
Para o partir ainda livre do dia seguinte.
Não há que fazer nada
Na véspera de não partir nunca.
que maravilha de poema! o final é lindo lindo lindo.
ResponderExcluirum beijo!