Ao mínimo clarão
Talvez seja melhor não nos voltarmos
a ver, ao mínimo clarão
das mãos a pele se desavém com a memória.
As mãos são de qualquer corpo a coroa.
Das dele já nem sequer o itinerário
sei hoje muito bem, onde o horizonte
se desata o mar agora
regressa ao coração de que faz parte.
Ainda é o mar contudo o que se vê
florir onde ele chegar. chamando a esse
rapaz rebentação,
o céu rasga-se à volta dos seus ombros.
NAVA, Luís Miguel. "Como alguém disse". In:
Poesia completa (1979-1994). Lisboa: Dom Quixote, 2002.
puxa vida, cicero,
ResponderExcluirque poema lindo, que imagens!
que declaração!... e uma declaração dessas, utilizando-se do mar...
se alguém me diz que o mar flore onde quer que chegue, porra, tá a um passo de me ganhar mole, mole (rs rs)!
beijú!
Cicero,
ResponderExcluirBelíssimo! Com é possível, ein? Tenso, fino e que imagens! valeu, meu amigo!
Abraço forte!
Adriano Nunes.
lindo. melodioso. parece ser possível ouvir a água marulhando.
ResponderExcluirbonito demais, antonio.
visite o meu blog: www.proesiaemprogresso.blogspot.com
Cicero,
ResponderExcluirQuero me desculpar porque escrevi "receioso" em vez de "receoso" no post anterior. Quando vim perceber já era tarde... E agradecer ao Aetano por verificar tal absurdo.
Grande abraço,
Adriano Nunes.
CICERO,
ResponderExcluirFiz esse poema concreto para você.
"VER/TIDO" - PARA ANTONIO CICERO
d o v e r
s o q u e b r a
d o b r a d o
s e l e m b r a
d e v e r
o t e m p o
p a s s a d o
r e v e r
t e r t u d o
d o v e r
s o d a d o
e m u d o
c e l e b r a
d o t e m p o
a t e m p o
s e q u e b r a
o v e r
s o i l u d o.
Grande abraço,
Adriano Nunes.
anto cícero, a chave está aqui, ao mínimo clarão regressa ao coração de que faz parte
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