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O amor ao despedir-se...
O amor ao despedir-se diz: sonha comigo
o sonho é uma besta intratável
que faz revirar os olhos com a respiração
entrecortada pronunciar teu nome
com letras indeléveis escrever teu nome
e não te encontrar e estar longe e sair adormecido
marchar até a madrugada para cair no
sonho para esquecer teu nome
e não ver o dia que não leva teu nome
e a noite deserta que leva teu corpo
El amor al desperdirse
El amor al despedirse dice: sueña conmigo
el sueño es una bestia huraña
que hace revolverse los ojos con la respiración
entrecortada pronunciar tu nombre
con letras indelebles escribir tu nombre
y no encontrarte y estar lejos y salir dormido
marchar hasta la madrugada a caer en
el sueño para olvidar tu nombre
y no ver el día que no lleva tu nombre
y la noche desierta que se lleva tu cuerpo
Original:
MORO, César. Viaje hacia la noche. Madrid: Huerga y Fierro Editores, 1999.
Tradução:
MARTINS, Floriano. "Antologia peruana essencial". In: Poesia sempre, Nº 28, ano 15, 2008.
O amor ao "despedir-se"...é porque já deixou marcar indeléveis além do coração
ResponderExcluirC.
Belo poema Antônio Cícero!
ResponderExcluirlindo poema, cicero, que forte!
ResponderExcluiro amor e suas marcas, o amor e sua capacidade de nos pirar, de nos pôr a pensar, a sonhar, querendo, aguando, desejando aquilo que ama, e aflito por não ter, ao alcance, o seu objeto de desejo... puta merda, é foda (rs)...
MARAVILHA isto aqui!
beijo, poeta danado de bom (rs)!
Cicero,
ResponderExcluirSinto o poema... e tudo em volta fica melhor. Lindo mesmo!
"MEMÓRIA"
Volto dos versos
Em convulsão.
Que vultos são
Esses dispersos
Em minha mente?
Que vozes vêm
Varando o além,
Tão de repente,
Amedrontando-me,
Apavorando-me,
Nessa manhã?
Por que não some,
De vez, seu nome,
Ó musa vã?
Adriano Nunes
"TUBO DE ENSAIO"
Ponho meu sonho
Dentro do frasco
De vidro. A vida,
No fundo, fica.
Um outro pranto
Quer vir à tona.
Aquela dúvida
Que tanto apronta?
Todo meu mundo
Torna-se visto,
Quando, no filtro
De papel, brilho.
Abração!
Adriano Nunes.
Lindo poema !
ResponderExcluirRicardo Soutto Maior
Cícero: seu blog tem algo que atrai e me parece quase um vício. Volto sempre a ele. Não envio mais tantos poemas como antes, pois agora vejo muitos poetas por aqui e acabo ficando mais quieto (logo eu que, como você disse, iniciei essa onda de mandar poemas para o seu blog). Mas a claridade que emana do seu pensamento sobre os diversos assuntos que por aqui transitam é muito estimulante, e movimenta o vício em torno aos acontecimentos do espírito que, intensamente, por aqui se dão.
ResponderExcluirObrigado, Leo. Para dizer a verdade, sinto falta de mais poemas seus.
ResponderExcluirAbraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA despedida do amor é triste, triste... Ainda bem que da tristeza surgem coisas belas como este poema de Moro, que eu não conhecia. Bela escolha, Cicero. Lembrei da canção "O amor em paz". Abraço.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDestino incerto
ResponderExcluirMesmo quando os ventos levam-me
para bem longe
Pobre barquinho perdido
em mar aberto
A estrela mais brilhante
Não me deixa
Nem em pensamento
Está sempre lá
no firmamento
Mesmo quando os mares bravios erguem-se em
Ondas tão altas
Mesmo quando a noite singra
E maltrata
Um destino incerto
Voa para onde as gaivotas constroem seu ninho
Seu caminho é feito de idas e vindas
Partidas e chegadas
Beijos e línguas entrelaçadas.
Gostaria muito que você me dissesse o que acha desse poema:
ResponderExcluirAnda o ônibus
Andam os carros
Correm os ventos
Mas
em mim
Fica
a
sens
ação
de
en
gar
ra
fa
mento
Cons tan te
E mesmo que passe a
sens
ação
Meu carro não
aN
da
Caro Páris Alexandre,
ResponderExcluirFiquei muito emocionado com o seu vídeo. Nem sei o que dizer. É claro que sou suspeitíssimo, mas não tenho dúvidas de que é um trabalho belíssimo. Parabéns sinceros e muito obrigado!
Um grande abraço
Vanessa,
ResponderExcluirO seu poema é bem bonito.