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A velha
Esculpida em silêncio,
sentada e sábia,
fita o horizonte da mágoa.
Ao seu lado,
o mar murmura
as sílabas do ocaso.
Ó beleza antiga e súbita:
sobre o seu ombro
o instante se debruça,
iluminado.
De: ESPÍNOLA, Adriano. Beira-sol. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.
A menina
ResponderExcluirVi a onda verter-se numa manhã dourada
E o pranto não romper a garganta encarcerada
Vi fagulhas no teu olhar da imensidão
E o tédio sem forças na escuridão
Em meio ao ar fresco da chuva que se aproxima
E a malícia do teu rosto de menina.
Cicero,
ResponderExcluirLindo, amplamente musical!
Abraço forte!
Adriano Nunes.
Cicero,
ResponderExcluirUm soneto meu, concreto. Espero que você goste.
ADRIANO NUNES: "SONETO"
vem bri
sa be
la a bri
ga be
be a go
ra vi
bra go
za a vi
da ven
do a to
da qui
ça in ven
to a aqui
do quarto.
Abração,
Adriano Nunes.
Todo lugar é ponte, aeroporto.
ResponderExcluirSempre gostei de vendavais.
Sempre pensei em ter amor.
Sobrevivi como um romântico.
Beijei mulheres, abracei amigos.
Fui iludido e tolo como qualquer um.
Vi nascerem filhos que do amor vieram.
Todas as casas são refúgios.
Todos os dias, alvoradas.
Sempre gostei de estar no mundo.
Pessoas e animais são companheiros de viagem.
Não me conformo com partidas.
Não me debruço ao peso dos queixumes.
Todo lugar é ponte, aeroporto.
Sempre gostei de vendavais.
Cântico da vida
ResponderExcluirQuântica junção
simples e de facto iluminação plena
Adriano ,os méritos são muitos com maestria consuma versos, livre ou medido, rimado ou branco
ResponderExcluirC.
Cicero,
ResponderExcluirGostaria de agradecer ao "C" pelas palavras. Muito grato!
Abraços!
Adriano Nunes.
Seu Soneto as merece plenamente.
ResponderExcluirAbraços
linda poesiahttp://rogeriotadeuferreira.zip.net/ linda linda mesmo...
ResponderExcluirescrevo tambem quando puder obrigado rogerio tadeu ferreira
Vossa casa (blog) cheia de vida revela e compartilha o particular infinito ... por vezes faz chorar ,outras reflectir ,análisar momentos e por certo faz sorrir pela arte expressada.Letras trabalhadas por mãos correctas transcendem...aqui é muito mais que um blog , a generosidade e simplicidade mostram a grandeza e sentimento de Antônio Cícero .
ResponderExcluirÉ sempre prazer navegar cá nesse mar de acontecimentos como mergulhar em letras e banhar de músicas
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Agradeço as palavras anônimas do primeiro comentário do dia 12.
ResponderExcluirAbraço
Há algo correto
ResponderExcluirEm tuas decisões precipitadas.
Há algo no movimento,
Em tudo há algo em nada.
O morro foi decomposto
E abriu-se uma esplanada.
O morro foi-se há tempo
Mas o samba não acaba.
[]´s
cicero,
ResponderExcluirque poema LINNNNDO!
tem uma coisa triste, no entanto de uma tristeza suave, calma, porque deveras antiga a coisa triste, porque, de algum modo, já assentada, já sedimentada a coisa triste.
ao mesmo tempo, invadiu-me uma sensação longa e lenta, de uma serenidade quaaase feliz, por conta do instante que se debruça por sobre o ombro da velha, iluminado, iluminado pela luz do poeta que olha e enxerga a cena com tamanha poesia.
ADOREI!!
beijo bom e doce.
eu nem falo nada
ResponderExcluirsó sinto
e muito!