9.6.09

Rafael Alberti: "Pregón submarino" / "Pregão submarino"

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Pregão submarino


Como eu estaria bem
nalguma horta do mar,
com você, hortelã minha!

Em um carrinho puxado
por um salmão, que alegria
vender sob o mar salgado,
amor, a mercadoria!

- Algas fresquinhas do mar
algas, algas!



Pregón submarino


¡Tan bien como yo estaría
en una huerta del mar,
contigo, hortelana mía!

En un carrito, tirado
por un salmón. ¡Qué alegría
vender bajo el mar salado,
amor, tu mercadería!

–¡Algas frescas de la mar,
algas, algas!



ALBERTI, Rafael. Marinero en tierra. La amante. El alba del Alheli. Madrid: Castalia, 1972.

10 comentários:

  1. Antonio Cicero,

    Que delícia. Transporta-se para o mundo submarino com uma facilidade que merece aplausos e mais aplausos ao poeta.

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  2. PREGÃO MAIS SUBAQUÁTICO AINDA

    Ouvir o canto das sereias do Cícero, em meio a tantos desencontros do dia. Ouvir o bradar do homem bom, dando toques vitais bolhas de oxigênio, para que as coisas sejam melhores, para que tenhamos caetanos jorges walys marinas zuis!!! Axé!

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  3. CICERO,

    Lindo! Lindo! Concordo com Pax: aplausos!

    Eis um novo poema:

    "NOITE ABERTA"

    Abro as portas
    Do meu ser
    Para tudo
    Ter aqui.


    Nesta noite
    Estrelada,
    Minha vida
    Que quer ver?


    Que suporta
    Mais sentir
    A minh'alma?
    Da varanda


    Do sobrado,
    Vejo o mundo,
    Gris telhados,
    Grandes muros,


    Portões, grades,
    Verdes árvores
    Quase negras,
    Outras casas.


    Outro caos
    Cai do céu
    Feito lágrima
    Ou são versos


    Apagados
    Pelas dobras
    Dos amassos
    No papel?


    Candelabros?
    Velas? Lâmpadas?
    Sóis? Lanternas?
    Ou faróis?


    Nesta noite,
    Por que não
    Ponho vendas
    Em meus olhos?



    Beijo imenso,
    Adriano Nunes.

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  4. é sempre bom revisitar essa geração espanhola conhecida como geração de 27. Além de poetas como lorca, cernuda, guíllen etc., essa geração, atropelada pela guerra civil, nos legou ainda buñuel, dalí...

    forte abraço.

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  5. As cores
    Nessa madrugada
    Tem sons, sabores
    Que nem a chuva fina
    Estraga
    Nesse momento
    Nada
    Nem o desejo que eu não vejo
    Na vida enviesada
    Passa batido
    Pois estou contigo
    E a flor tão delicada
    Reflete o teu sorriso
    Belo e sincero
    Ah, como te quero!

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  6. Dá-me contentamento ouvir meu conterrâneo Edson falar da poesia com poesia.
    Parabéns Edson.
    Parabéns Cícero.

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  7. Antonio,

    Que alegre e belo poema!


    ***LEPIDÓPTERA***


    Eu vou... Pra que
    Ficar, só, presa
    Nesse casulo?


    Eu vou... Viver
    Não custa nada.
    Se tudo calha,


    Quero ter asas,
    Não quero lar,
    Quero voar


    De galho em galho,
    De flor em flor,
    Atrás de néctar.


    Sem tanta pressa,
    Assim eu vou
    Tecendo vôos.


    Depois, eu sumo,
    Mudo de rumo.
    A vida esqueço,


    Dando mil voltas,
    N'alto, nos postes,
    No lucivelo.



    Beijos,
    Cecile.

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  8. Volto ao post, porque realmente me tocou. Submergir, ver os peixes, viver um pouco o mundo deles, é realmente fascinante. Esse poema é capaz de um transporte, na minha opinião, acima do comum. Muito acima. Um achado que agradeço de coração.

    Aí me lembrei da música do folclore adaptada por Tavinho Moura e cantada maravilhosamente por Milton:

    Quem me ensinou a nadar,
    Quem me ensinou a nadar,
    Foi, foi, marinheiro
    Foi os peixinhos do mar

    Ei nós que viemos
    De outras terras, de outro mar
    Temos pólvora, chumbo e bala
    Nós queremos é guerrear

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  9. Este mundo mágico!Um refresco para este duro mundo daqui.Lembro de "Platero y yo" de Jiménez, a mesma ternura.Ahnnnn estes espanhóis sabem de lirismo.

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  10. tarde vazia
    manhã sem graça
    tempo ruim

    eu e ela
    estamos bem

    sol escaldante
    vento fresco
    beira-mar

    dentro de mim

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