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Não interrogues, não é lícito saber a mim ou a ti
que fim os deuses darão, Leucônoe. Nem tentes
os cálculos babilônicos. Antes aceitar o que for,
quer muitos invernos nos conceda Júpiter, quer este último
apenas, que ora despedaça o mar Tirreno contra as pedras
vulcânicas. Sábia, decanta os vinhos, e para um breve espaço de tempo
poda a esperança longa. Enquanto conversamos terá fugido despeitada
a hora: colhe o dia, minimamente crédula no porvir.
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques, et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.
Que beleeeeeza!!!!
ResponderExcluirBem-agradecido!
Aeta.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCícero,
ResponderExcluirO carpe diem visto assim em seu contexto original me parece falar mais de ética do que de um hedonismo fácil. Penso que, ao ver e discernir aquilo que vê, Horácio não deixa de estar em meio às incertezas e ao caótico fluxo dos desejos, mas é justo daí que parece extrair, com serenidade e simplicidade(corajosa), a direção do seu agir. Não há nisto uma intensa aproximação entre ética e estética?,
Abraço
Muito bom!!! DELICIOSO!!
ResponderExcluirValeu, caro Cícero.
Um abraço.
lindo mesmo, cicero!
ResponderExcluiressas linhas imprimiram, em mim, uma sensação de serenidade para com a vida, para com o porvir.
é como se dissessem a mim (as linhas): "deixe estar; viva minimamente com alguma fé no futuro, porém, o mais importante é o que se tem em mãos hoje, agora, neste instante. não nos preocupemos tanto com o porvir. o amanhã, reservemos ao amanhã."
texto belo belo belo. como você.
beijo bom e terno.