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Meu pai nos abandonou.
Minha mãe casou e mudou.
Vovó morreu.
Os irmãos sumiram no mundo
ou submundo.
Sem explicação
Yvonne nunca mais falou comigo
e, para Ronaldo,
sou fantasma do passado.
Vejo meus filhos já voando.
Nem um pássaro na mão.
De: MELIM, Angela. Possibilidades. Rio de Janeiro, agosto de 2006.
O primeiro passo veio tarde.
ResponderExcluirO passado está distante.
Parentes não existem.
Onde vivo é inabitável.
O arrebol eu nunca vejo.
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ResponderExcluirAdriano,
ResponderExcluirNo, you didn't disappoint me, but I must say I think some parts of it are still a bit awkward. You wouldn't hurt it if you worked a little harder on it.
Cheers
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ResponderExcluirMuito lindo.
ResponderExcluirolha esse aqui da poeta portuguesa Ana Luísa Amaral:
Reconverter as coisas:
sonhar essas estrelas
em plêiade
de vento
– e recordar
Há feridas tão ferozes,
tão de nuvem rasante
em tempestade,
que a solução:
voraz
Depois disso, o que resta:
montículo de areia
ou fio de pedra
(a fingir-se de luz)