13.11.08

Hermann Hesse: "Über die Felder..." / "Pelos Campos..."

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Pelos campos...

Pelos céus as nuvens passam
Pelos campos passeia o vento
Por onde vagabundeia
Perdido de ti, mãe, teu rebento.

Pelas ruas rolam as folhas
Pelas árvores passarinhos –
Num lugar pelas montanhas
Há de ficar meu lar longínquo.



Über die Felder...

Über den Himmel Wolken ziehn
Über die Felder geht der Wind,
Über die Felder wandert
Meiner Mutter verlorenes Kind.

Über die Strasse Blätter wehn,
Über den Bäumen Vögel schrein --
Irgendwo über den Bergen
Muß meine ferne Heimat sein.



HESSE, Hermann. Gesammelte Werke in zwölf Bänden, Bd. I. Frankfurt: Suhrkamp, 1970.

10 comentários:

  1. AMADO POETA,

    QUE MUSICALIDADE DOCE E ALEGRE! POEMA LINDO MESMO!



    ABRAÇO FORTE!
    ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.

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  2. contemplativa, lenta, mansa, duma serenidade melancólica. são essas as minhas impressões acerca da poesia.

    lindos! (você e o poema.)

    beijo terno e carinhoso!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Quanta leveza há!

    " é só tristeza e melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai"


    essa canção tocando ao fundo da leitura desse poema, e saberemos beber a própria solidão.
    Sigo a filosofia de Rilke.

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  6. Um poema com a melodia dos poemas de Cecília Meireles.
    Obrigado por divulgar.
    Abraços

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  7. De manhã cedo
    Indo comprar pão
    Encontro a Lapa "perdida"
    Cheia de copos de plástico
    Abandonados no chão
    Singelamente expostos
    Em todas as solidões
    E no meio o poeta escreve
    Na escada colorida
    As coisas da vida
    Feliz da vida.

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  8. Lindos versos, Hesse á para mim uma fonte, um mundo de inspiração. Fiz um poema inspirado em sua poética, e a ele dedicado. Envio-te para uma apreciação. Grande abraço.

    LUZ CADENTE
    (A Hermann Hesse)

    Serão miragens
    aqueles tons em cobre
    ondulando em folhas na tarde?
    Meus olhos devem andar poéticos
    ou delirantes.
    Ou mais febril a minha percepção
    que entende
    que os animais respondem
    às nuances que a luz da tarde concede.
    Luz e folha devem ter naturezas atadas
    em delicado, intraduzível, elo
    que traça o pássaro ao repouso do ninho.
    Não sei.
    O que para as aves deve ser
    algo como arbóreas núpcias
    em mim
    é um degredo em ecos,
    um vago ruflar de um sentido.

    Minha razão nada pode
    contra a luz cadente
    que vela e desvela
    aquele tom amêndoa
    - ferrugem quase dor,
    quase leve -
    que a alma agora consente.
    E que de volta
    à presciência do mundo,
    ao ninho da terra
    vai me cumprindo.
    (Fernando Campanella)

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  9. Prezado Fernando Campanella,

    Muito obrigado por enviar esse belo poema que, realmente, evoca a poesia de Hermann Hesse.

    Abraço,
    Antonio Cicero

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