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Pelos campos...
Pelos céus as nuvens passam
Pelos campos passeia o vento
Por onde vagabundeia
Perdido de ti, mãe, teu rebento.
Pelas ruas rolam as folhas
Pelas árvores passarinhos –
Num lugar pelas montanhas
Há de ficar meu lar longínquo.
Über die Felder...
Über den Himmel Wolken ziehn
Über die Felder geht der Wind,
Über die Felder wandert
Meiner Mutter verlorenes Kind.
Über die Strasse Blätter wehn,
Über den Bäumen Vögel schrein --
Irgendwo über den Bergen
Muß meine ferne Heimat sein.
HESSE, Hermann. Gesammelte Werke in zwölf Bänden, Bd. I. Frankfurt: Suhrkamp, 1970.
Tristeza tão lindamente escrita.
ResponderExcluirAMADO POETA,
ResponderExcluirQUE MUSICALIDADE DOCE E ALEGRE! POEMA LINDO MESMO!
ABRAÇO FORTE!
ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.
contemplativa, lenta, mansa, duma serenidade melancólica. são essas as minhas impressões acerca da poesia.
ResponderExcluirlindos! (você e o poema.)
beijo terno e carinhoso!
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirQuanta leveza há!
ResponderExcluir" é só tristeza e melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai"
essa canção tocando ao fundo da leitura desse poema, e saberemos beber a própria solidão.
Sigo a filosofia de Rilke.
Um poema com a melodia dos poemas de Cecília Meireles.
ResponderExcluirObrigado por divulgar.
Abraços
De manhã cedo
ResponderExcluirIndo comprar pão
Encontro a Lapa "perdida"
Cheia de copos de plástico
Abandonados no chão
Singelamente expostos
Em todas as solidões
E no meio o poeta escreve
Na escada colorida
As coisas da vida
Feliz da vida.
Lindos versos, Hesse á para mim uma fonte, um mundo de inspiração. Fiz um poema inspirado em sua poética, e a ele dedicado. Envio-te para uma apreciação. Grande abraço.
ResponderExcluirLUZ CADENTE
(A Hermann Hesse)
Serão miragens
aqueles tons em cobre
ondulando em folhas na tarde?
Meus olhos devem andar poéticos
ou delirantes.
Ou mais febril a minha percepção
que entende
que os animais respondem
às nuances que a luz da tarde concede.
Luz e folha devem ter naturezas atadas
em delicado, intraduzível, elo
que traça o pássaro ao repouso do ninho.
Não sei.
O que para as aves deve ser
algo como arbóreas núpcias
em mim
é um degredo em ecos,
um vago ruflar de um sentido.
Minha razão nada pode
contra a luz cadente
que vela e desvela
aquele tom amêndoa
- ferrugem quase dor,
quase leve -
que a alma agora consente.
E que de volta
à presciência do mundo,
ao ninho da terra
vai me cumprindo.
(Fernando Campanella)
Prezado Fernando Campanella,
ResponderExcluirMuito obrigado por enviar esse belo poema que, realmente, evoca a poesia de Hermann Hesse.
Abraço,
Antonio Cicero