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XXVII
Só a Natureza é divina, e ela não é divina...
Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande e a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o Sol.
De: PESSOA, Fernando. "Ficçoes de interlúdio: Poemas completos de Alberto Caeiro". In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.
Hum... delícia de intimidade com as palavras... Cai bem para uma tarde de pingos... Divina graciosidade em desfazer conceitos pelo que de fato lhe existia... Fernando...
ResponderExcluirAMADO CICERO,
ResponderExcluirIDENTIFICO-ME MUITO COM PESSOA. TALVEZ MAIS DO QUE A MIM MESMO. E SEMPRE É GRATIFICANTE VÊ-LO AQUI, NO ACONTECIMENTOS, PORQUE ME INSTIGA A ESCREVER, A PENSAR...
ABRAÇO FORTE!
ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.
AMADO POETA,
ResponderExcluirPARA OS NOSSOS AMIGOS: POSTEI HOJE EM MEU BLOG!
Sábado, 22 de Novembro de 2008
ADRIANO NUNES: "Como Se Fosse Mágica"
"COMO SE FOSSE MÁGICA" (PARA PAULINHO - "pois é, o poema possui essa capacidade mesmo, a de nos salvar a todos. graças!" E PARA BETINA)
SAI DO MEU CORAÇÃO
ESSA ALEGRIA IMENSA.
EU NÃO SEI SE O POEMA
CONSEGUE ASSIM DIZER
TUDO QUE ESTOU SENTINDO.
ESSE INSTANTE DE AMOR
SAI DO MEU CORAÇÃO.
PARECE UM SONHO ATÉ
VER O VERSO VIBRANDO.
COMO SE FOSSE MÁGICA,
COMO SE FOSSE SONHO,
ESQUEÇO A VIDA ENTÃO.
DEPOIS EM NADA PENSO.
NADA QUERO DEPOIS.
Postado por QUEFAÇOCOMOQUENÃOFAÇO às 14:37 0 comentários
Marcadores: ADRIANO NUNES, POESIA
Em minha deriva não há dispersão
ResponderExcluirO que há de incerto no que digo
É que esse dizer é antes reunião
De outras falas que vivem comigo
observador,
ResponderExcluira primeira revolução espiritual que vivi veio graças ao guardador de rebanhos. nunca mais eu olhei o redor com os mesmos olhos vendados.
manter a palavra de alberto caeiro viva é permitir que outras revoluções aconteçam,
nada permanece estagnado diante de Pessoa.
suas postagens são contribuições que ajudam a criar os novos admiradores e reapaixonar os de sempre.
por falar em apaixonar, a delicadeza na construção do verso e a pureza com que Adriano Nunes exalta a vida, o amor e os "acontecimentos" são cativantes! ainda por cima me deu a oportunidade de dividir um poema lindo, inteirinho com o paulinho! fiquei nas nuvens!
obrigada Adriano,
um beijo poeta!
um beijo para o paulinho, porque não pode existir parceiro melhor para repartir um poema,
um Grande, Grande abraço para você, Antônio Cícero, que nos permite ficar, nos deixa a vontade e nos une em torno do pensamento, que é a única porta garantida para a felicidade!
Onde foi que se meteu
ResponderExcluirMeu beijo
Onde foi que se meteu
Meu desejo
Horas passam e o sino murmura
A canção
Bate no compasso exato das horas
Contadas
Na madrugada, calada
Entre o voo da asa dourada
E o zumbido que atordoa
È só por ti que eu me vejo
No espelho que você me deu.
este poema é mais um dos que consigo imaginar antonio cicero lendo e o sorriso brotando na sua face, feliz feliz feliz da vida, repleto de contentamento. por tudo: pela elegância do português, por sua musicalidade, por sua disposição na página, pela mensagem que carrega ("há muito do divino no real"!) e por ser mais um grande achado do grande grande grande mestre fernando pessoa.
ResponderExcluircaetano possui uma das frases mais generosas e lindas que se poderia construir sobre a importância de se t(l)er o poeta dentro de si: "gosto do pessoa na pessoa".
eu também gosto, adoro (rs)!
beijo, lindeza!