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One art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last,
or next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Uma certa arte
A arte da perda é fácil de estudar:
a perda, a tantas coisas, é latente
que perdê-las nem chega a ser azar.
Perde algo a cada dia. Deixa estar:
percam-se a chave, o tempo inutilmente.
A arte da perda é fácil de abarcar.
Perde-se mais e melhor. Nome ou lugar,
destino que talvez tinhas em mente
para a viagem. Nem isto é mesmo azar.
Perdi o relógio de mamãe. E um lar
dos três que tive, o (quase) mais recente.
A arte da perda é fácil de apurar.
Duas cidades lindas. Mais: um par
de rios, uns reinos meus, um continente.
Perdi-os, mas não foi um grande azar.
Mesmo perder-te (a voz jocosa, um ar
que eu amo), isso tampouco me desmente.
A arte da perda é fácil, apesar
de parecer (Anota!) um grande azar.
BISHOP, Elizabeth. In: ASCHER, Nelson. Poesia alheia. 124 poemas traduzidos. Rio de Janeiro: Imago, 1998.
CICERO,
ResponderExcluirSempre é bom amar a sensisbilidade. Salve Bishop!!
"Argument"
Days that cannot bring you near
or will not,
Distance trying to appear
something more obstinate,
argue argue argue with me
endlessly
neither proving you less wanted nor less dear.
Distance: Remember all that land
beneath the plane;
that coastline
of dim beaches deep in sand
stretching indistinguishably
all the way,
all the way to where my reasons end?
Days: And think
of all those cluttered instruments,
one to a fact,
canceling each other's experience;
how they were
like some hideous calendar
"Compliments of Never & Forever, Inc."
The intimidating sound
of these voices
we must separately find
can and shall be vanquished:
Days and Distance disarrayed again
and gone...
Elizabeth Bishop
FORTE ABRAÇO!
ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMar aberto
ResponderExcluirDestino incerto
O poema traça
Dia a dia
Entre dor e alegria
Sua própria rebeldia
Seu destino de menino
Sem credo, sexo ou raça.
As pessoas encerram em si a própria decepção.
ResponderExcluirUma amiga se revela avara.
Um companheiro se amesquinha.
A vida inteira é sufocada em toneladas de objetos vãos.
Fico olhando as pessoas se perderem e não sinto nada.
Não é comigo.
Sou impassível.
Eu já morri.
lindo, cicero!
ResponderExcluiré aquela tal estória: vivendo e aprendendo a jogar; nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar.
ganhos e perdas, alegrias e tristezas, excitações e frustrações, tudo isso faz parte do jogo da vida. aprender a lidar com o que, a princípio, parece pertencer à adversidade é de suma importância para se viver bem. lya luft tem um livro muito bonito sobre a questão, vale a pena conhecê-lo. chama-se "perdas e ganhos".
beijo grande nocê, bonito!
Incrível!
ResponderExcluirAcabei de descobrir seu blog...que felicidade para um final de tarde de sábado! Obrigada por compartilhar tanta delicadeza...
ResponderExcluirCícero, que massa encontrar o seu blog atraves do poema de E. Bishop...de quem não sei nada, apenas o referencial de uma dramaturga Aninha Franco t~e - la citado em uma entrevista...grande abraço!
ResponderExcluirAdoro Elisabeth Bishop....
ResponderExcluirEsse poema é lindo!!!!
Eu,a descobri pesquisando, depois do "Flores Raras"
Linda história de amor dela e Lota Macedo Soares.
Parabéns,pela postagem de um poema dela....amei!...
Vou conhecer melhor esse site...gostei muito!
Esse poema me intriga.tento me convencer,mas não consigo, que ele fala que perder faz parte. Não sinto que é isso que me diz. Pra mim está falando do quanto é difícil lidar com a perda
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