Antico inverno
Desiderio delle tue mani chiare
nella penombra della fiamma:
sapevano di rovere e di rose;
di morte. Antico inverno.
Cercavano il miglio gli uccelli
ed erano subito di neve;
così le parole.
Un po’ di sole, una raggera d’angelo,
e poi la nebbia; e gli alberi,
e noi fatti d’aria al mattino.
Antigo inverno
Desejo de tuas mãos claras
na penumbra da chama;
sabiam a roble, a rosas;
a morte. Antigo inverno.
Buscavam milho os pássaros
e eram súbito de neve;
assim as palavras.
Um pouco de sol, um halo de anjo,
e logo a névoa; e as árvores,
e nós feitos de ar na manhã.
De: QUASIMODO, Salvatore. Poesias. Edição bilingüe. Prefácio de Luciana S. Picchio. Trad. de CAVALCANTI, Geraldo Holanda. Rio de Janeiro: Record, 1999, p.36-37.
há no amor um movimento
ResponderExcluiro calor de vários dias e momentos
quando brota a flor mais bela
cultivada nas delícias
dia e noite
em meio ao frio
aonde há neve
no deserto
embora no amor não haja
nunca
o deserto