25.11.07

Adriano Espínola: Maramar

MARAMAR


Se tu queres amar,
procura logo o mar.

Ali enlaça o corpo
salgado noutro corpo.

No azul esquecimento
das águas, vai sedento

beber a luz da carne,
o gozo a pino e a tarde.

Tenta imitar a teia
das ondas e marés.

Dança na branca areia.
Outro será quem és.






De: ESPÍNOLA, Adriano. Praia provisória. Rio de Janeiro: Topbooks, 2006, p.16.

8 comentários:

  1. há no amor um movimento

    o calor de vários dias e momentos

    quando brota a flor mais bela

    cultivada nas delícias

    dia e noite

    em meio ao frio

    aonde há neve

    no deserto

    embora no amor não haja

    nunca

    o deserto

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  2. uau, que delícia!

    vontade de correr pro mar agora (rs)!

    aliás, amanhã eu não trabalho, tenho folga, e penso em ir à praia. hummm (rs)...

    (ah, se eu fosse marinheiro...)

    adorei, cicero!

    beijim salgadim n´ocê!

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  3. Opa!
    Passando por aqui...

    Abraços do *CC*

    P.S: enviarei os livros, novamente.

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  4. Cecília
    haverão outras viagens
    por dentro desta
    (imensa)
    que fazemos.

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  5. A beleza está no mundo.

    A contra gosto, um dia, irei embora.



    É uma senhora.

    É um menino.

    Uma menina.



    Fio do destino.



    Estrela que cintila

    entre um olhar e outro,

    entre a paixão e a entrega,

    entre o sentido e o que se diz.



    Amor:

    segredo a céu aberto,

    em quartos úmidos,

    calor.

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  6. O amor se compara mesmo com o mar,tal às ondas, o amor vem e vai e dura apenas o tempo necessário para apagar marcas antigas,seja na areia,seja no coração.

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  7. Belo poema, não resta dúvida. Mas eu, cá do meu jeito, creio o mar ser traiçoeiro, à sabor das marés e das luas. Melhor amor terra, que finca pé e só racha em terremoto.

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