Do grande poeta português Gastão Cruz:
DEPOIS DUM SONHO
Não deixaste o deserto mas
árvores na casa Em sonho és
o sedutor arbusto reflectindo
para sempre o meio-dia O sol
porém desfaz-se quando as pálpebras
num ardor se entreabrem e te ocultas
nos ângulos do quarto Ausente
és pois o centro
feroz da minha vida transitas
como serpente fria no ventre
contraído escondes-te na
floresta que sem cessar se expande
onde dormíamos E erras
nos limites duma casa
destruída por raízes
De: CRUZ, G. "Depois dum sonho". In: Rua de Portugal. Lisboa: Assírio & Alvim, 2002. p.9.
Caro Antônio,
ResponderExcluirFoi um grande prazer conhecê-lo pessoalmente e muita gentileza sua autografar o "Guardar". Obrigado!
Um abraço,
Lucas
Caro Lucas,
ResponderExcluirTambém gostei muito de conhecê-lo.
Grande abraço,
Antonio Cicero
lindíssimo, cicero!
ResponderExcluirpuxa vida, quanta saudade neste poema, quanta falta... me lembrou, menos pelo estilo do que pela intensidade, a prosa do caio fernando abreu, meu sempre, sempre grande e benvindo autor. imagens fortes, sentimentos de ausência tão bem postos... adorei!
bitoca boa n'ocê!
ps: hoje estou animadíssimo! mais tarde, tenho um encontro com a abelha-rainha (cantarolando: ó abelha-rainha, faz de mim um instrumento de teu prazer...), no caneco grande (vulgo canecão - rs). afinal, onde tem mar e rio e aquela sereia, pode me chamar que eu vou!
Antônio, querido,
ResponderExcluirEnfim consegui "encontrar-me" com vc...Vou linkar seu blog ao meu para que possamos "trocar figurinhas"...Sou o autor da "Outra explicação de poesia ainda sem ninguém pedir", um poema que leste em sua oficina em Diamantina neste ano. Infelizmente, não pude estar presente...Mas nos encontramos por aí. Abraços e até.
Seja benvindo, Arnaldo. É muito bonita a "Outra explicação de poesia sem ninguém pedir".
ResponderExcluirAbraço,
Antonio Cicero