28.12.11

Haroldo de Campos: "O poeta ezra pound desce aos infernos"





O poeta ezra pound desce aos infernos

não para o limbo
dos que jamais foram vivos
nem mesmo
para o purgatório dos que esperam
mas para o inferno
dos que perseveram no erro
apesar de alguma contrição
tardia e da silente senectude
- diretamente com retitude -
o velho ez
já fantasma de si mesmo

e em tanta danação
quanto fulgor de paraíso



CAMPOS, Haroldo de. Crisantempo: no espaço curvo nasce um. São Paulo: Perspectiva, 2004.
at

8 comentários:

  1. RoDariva28 de dezembro de 2011 às 18:42

    Olá, Antonio Cicero

    Adorei o poema...muito bom!

    Um ótimo final de ano.

    beijo

    Rosane

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  2. Antonio Cicero28 de dezembro de 2011 às 20:42

    Obrigado, Rosane.`
    Ótimo final de ano e ótimo ano novo para você também!
    Beijo

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  3. THAELMAN CARLOS28 de dezembro de 2011 às 21:27

    Here or not here,
    Haroldo de Campos ?

    Deslumbrante poesia!

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  4. ADRIANO NUNES28 de dezembro de 2011 às 21:36

    Cicero,

    Lindo! Amo esse poema! Deixo aqui um poema meu:

    ‎"Menelau"

    Esqueça tudo
    O que você imagina e

    Vire a página
    Vire a página
    Vire a página
    Vire a página
    Vire a página e

    Aquela mágoa apague
    Aquela mágoa apagu
    Aquela mágoa apag
    Aquela mágoa apa
    Aquela mágoa ap
    Aquela mágoa a
    Aquela mágoa
    Aquela mágo
    Aquela mag
    Aquela ma
    Aquela m
    Aquela
    Aquel
    Aque
    Aqu
    Aq
    A



    Abraço forte,
    Adriano Nunes

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  5. Aetano29 de dezembro de 2011 às 11:54

    Adriano, que legal esse seu "Menelau"!

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  6. Unknown30 de dezembro de 2011 às 16:19

    CORRIGINDO :

    There or there aren't ,
    Haroldo de Campos ?

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  7. ADRIANO NUNES31 de dezembro de 2011 às 15:41

    Cicero,

    Meu amado amigo,

    que em 2012, tudo de ótimo ocorra para você e para os seus. Paz e luz, felicidade plena, filosofia e poesia!
    beijo imenso!

    Um poema que fiz que expressa o que desejo para todos nós:


    "pacote prático para a população"



    paciência,
    perseverança,
    poesia,
    prosperidade,
    próximas paradas,
    planos profícuos,
    promessas no peito,
    prosa,
    pensamentos positivos,
    ponderação,
    palcos e pré-estreias,
    prismas,
    pináculos,
    pirraças,
    portas pro paraíso,
    paixões,
    paladares precisos,
    palavras pra o possível,
    pancadas em preconceitos,
    propostas, projetos, portentos,
    profissões,
    profusões,
    protestos pró-particular,
    polidez,
    placidez,
    política pró-povo,
    polícia pros porcos,
    pérolas pros presentes,
    palpites,
    piscadelas,
    passarelas,
    pausas,
    poentes,
    pessoa, pessoas, peixes,
    plantas,
    pássaros,
    películas, pinturas puras,
    perguntas,
    partidas,
    passeios,
    paisagens perenes,
    partes,
    pára-quedas, pára-raios,
    pantomimas,
    pandeiros,
    pupilas,
    prazer,
    ponte pra paz.



    pedras pra quê?



    Adriano Nunes

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  8. Antonio Cicero31 de dezembro de 2011 às 16:34

    Querido Adriano,

    Obrigado pelo belo poema! Um feliz ano novo para você!

    Abraço grande

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