17.1.21

Casimiro de Brito: poemas "1" e "2" de "Ofício de oleiro"

 



1


O mundo não está frio

nem morto nem

indiferente

às formigas que brilham

na carne da pedra.




2


O barro desta luz

andrógina canto – 

barca de som

onde se alojam a febre, o sémen

do mar, aves

que não me canso

de invocar




BRITO, Casimiro de. Poemas "1" e "2" de "Ofício de oleiro". In:_____. Arte pobre. Leiria: Editorial Diferença, 2000.

Nenhum comentário:

Postar um comentário