11.10.20

Rogério Batalha: "Não há pontes de regresso"

 



Não há pontes de regresso



no primeiro

ciscar do dia

o galo anuncia


a inaudível

ciranda 

das coisas


à noite verde

sua morte amarela

ao jatobá verde

seu graveto seco.


o galo

anuncia


às labaredas

jovens

e velhos:


não há pontes de regresso.






BATALHA, Rogério. "Não há pontes de regresso"

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