Abraço em Waly
Essa memória do riso aberto...
Não me esqueço de lembrar
aquela gargalhada florida e louca na livraria.
A história não revela,
verso aponta:
os cristais clivados.
anos 70
nem nos babilaques.
Teus cabelos crespos
ondeando teu rosto quadrangular
falando de Salvador.
Quem não se amalgamou?
nessa seiva do logbook
desse lonesome cowboy baiano,
o delírio de um tabaréu
ecoa em mim
ad aeternum.
Até breve!
CASA NOVA, Vera. "Abraço em Waly". In: Casa Nova, Vera; Carmona, Kaio; Dolabela, Marcelo (orgs.). Entrelinhas, entremontes: versos contemporâneos mineiros. Belo Horizonte: Quixote + Do Editoras Associadas, 2020.
ResponderExcluirSois, ouvidos ancestrais
inquietude,
a procurar o inexplicável
Um lugarejo chamado desejo
sem leme sem destino
sorriso de menino
a pétala que cai
ao ritmo das castanholas
pelo chão de cimento.