Olá, Antonio. Muito obrigado por compartilhar conosco esses belos poemas.
Ficaria muito grato se você lesse um poema meu que reencontrei num dia desses e desse sua honesta opinião. Aqui abaixo deixo ele. Desde já, agradeço pela atenção. Abraço.
CHÃO
Há poesia pra toda hora: ela se insinua no teto quando descansa cansado do dia Infindável.
Se insinua nas coisas sem fim: no caso e no descaso no sol matutino, num termino de tarde no corpo íntimo rebelde, rijo Escarlate.
Nos pés doloridos que descalçam sapato ruim, maltrapilho.
(prazer surrupiado)
Pois, não há poesia em tudo: ela pode ser obscena, Provocativa pode ser o demônio,
(até a mulher)
Mas não está em nada.
Vem nua quando menos Se espera, cândida No tempo que fecha A garganta enciumada Ou no peito carente Ou no luto abrupto Ou ainda Na lua, enfim, ensolarada
Adoro esse haicai. É como o final do poema "Mar português", do Fernando Pessoa,
ResponderExcluir"Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
ResponderExcluirOlá, Antonio. Muito obrigado por compartilhar conosco esses belos poemas.
Ficaria muito grato se você lesse um poema meu que reencontrei num dia desses e desse sua honesta opinião. Aqui abaixo deixo ele. Desde já, agradeço pela atenção.
Abraço.
CHÃO
Há poesia pra toda hora:
ela se insinua no teto
quando descansa
cansado do dia
Infindável.
Se insinua nas coisas sem fim:
no caso e no descaso
no sol matutino, num
termino de tarde
no corpo íntimo
rebelde, rijo
Escarlate.
Nos pés doloridos que descalçam
sapato ruim, maltrapilho.
(prazer surrupiado)
Pois, não há poesia em tudo:
ela pode ser obscena,
Provocativa
pode ser o demônio,
(até a mulher)
Mas não está em nada.
Vem nua quando menos
Se espera, cândida
No tempo que fecha
A garganta enciumada
Ou no peito carente
Ou no luto abrupto
Ou ainda
Na lua, enfim, ensolarada
Poesia não finda
Muito menos começa.
(boia estática)
Gostei do "Chão". Parabéns!
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