Borra, 4 (25.07.06)
enfim o vento
de verdade
no azul do verão
o ar
o frescor na pele e nas telhas
após dias
enfim
dias escaldantes
corpo dessorado
andava-se
em uma massa mole quente
para avançar
se empurrava o ar
no jardim raso amarelo seco
Lie, 4 (25.07.06)
enfin le vent
vrai
dans le bleu de l’été
l’air
le frais sur la peau et les tuiles
après des jours
enfin
jours plombés
corps essoré
on marchait
dans une masse molle chaude
pour avancer
on poussait l’air
dans le jardin ras jaune sec
EMAZ, Antoine. "Lie, 4" (25.07.06) / "Borra, 4" (25.07.06). In:_____. Lama, pele. Trad. por Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2012.
Ótima tradução, ótima tradição.
ResponderExcluirQuarentena
ResponderExcluirConforme os dias
(se) passam
acompanhando o rio
a madrugada
Conforme as cores
azuis
Inclemente tempo
que passa passageiro
Continua e flutua
e mesmo que ausente
aqui estás
(no màs).
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirFalando em tradição... aí vai uma homenagem minha:
ResponderExcluirAO REI(ginaldo)
Dizem que o seu coração
Voa mais que disco voador
E que o seu amor
Só tem gosto de Céu
Vai trair o marido
Em plena lua de mel?!