BARULHO
Todo poema é feito de ar
apenas:
a mão do poeta
não rasga a madeira
não fere
o metal
a pedra
não tinge de azul
os dedos
quando escreve manhã
ou brisa
ou blusa
de mulher.
O poema
é sem matéria palpável
tudo
o que há nele
é barulho
quando rumoreja
ao sopro da leitura.
GULLAR, Ferreira. "Barulho". In:_____. "Barulhos". In:_____. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.
Escrevo para agradecer pelo belíssimo trabalho de seleção, repertoriamento e de difusão dos textos publicados nesse espaço. Obrigado, Antônio Cicero, pela sua dedicação; li muito de suas postagens principalmente entre 2015 e 2016, quando atravessava um momento difícil de minha vida. Muitos textos, aqui, serviram-me como formas seculares de oração.
ResponderExcluirUm abraços,
Tiago Ribeiro Santos
Blumenau, SC
Muito obrogado, Tiago Ribeiro Santos,
ResponderExcluirSão pessoas como você que me fazem ter ânimo para continuar a postar poesia!
Grade abraço