SAMIRA NO MIRADOURO
mais pesada fosse a
pedra
sobre
as minas de prata
o ouro do dia
o vento desfazia a tarde em
nuvem
de fitas
Margarida
ao me curvar
para colher da
cova a
palma caída
me deu a sua mão
e
sabíamos
se de mármore
talhada mais
bela não seria
Samira
ó pedra
no miradouro
a fitar o
infinito
encantado de
vê-la
15 de agosto de 1994
SILVEIRA, Jorge Fernandes da. “Samira no miradouro”. In:_____.
Memorial de Jorge da Silveira: a poor boy from nichtheroy. Rio de Janeiro: Desalinho, 2018.
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