Do ciclo Dança da morte
Noite. Fanal. Rua. Farmácia.
Uma luz estúpida e baça.
Ainda que vivas outra vida,
Tudo é igual. Não há saída.
Morres – e tudo recomeça,
E se repete a mesma peça:
Noite – rugas de gelo no canal.
Farmácia. Rua. Fanal.
BLOK, Aleksandr. "Do ciclo Dança da morte". Trad. de Augusto de Campos. In: CAMPOS, Augusto de; CAMPOS, Haroldo de; SCHNAIDERMAN, Boris (organizadores e tradutores). Poesia russa moderna. São Paulo: Perspectiva, 2012.
Não acredito. Pelo menos para o morto tudo difere, deixa de ser. Para os outros, sim, tudo recomeça; que lhe prefiro o vocábulo continua, duvidosa que sou de recomeços.
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