Se ainda estivesse vivo, o poeta Manoel de Barros teria feito 100 anos ontem. Por isso, Ana Clauda Guimarães, da coluna de Ancelmo Gois em O Globo, ontem pediu a mim e a alguns outros poetas que lhe enviassem alguns versos do autor da "Gramática expositiva do chão". Enviei-lhe o seguinte poema, do qual saiu hoje publicado um trecho:
Uns homens estão silenciosos
Eu os vejo nas ruas quase que diariamente.
São uns homens devagar, são uns homens quase que misteriosos.
Eles estão esperando.
Às vezes procuram um lugar bem escondido para esperar.
Estão esperando um grande acontecimento.
E estão silenciosos diante do mundo, silenciosos.
Ah, mas como eles entendem as verdades
De seus infinitos segundos.
BARROS, Manoel de. "Uns homens estão silenciosos". In:_____. Poesia completa. Porto: Leya, 2010.
O sublime poeta Manoel de Barros estaria completando seu centenário. Lembrei-me do trecho dessa sua genial poesia “Tratado geral das grandezas do ínfimo”:
ResponderExcluir..."Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas)."...
Uma peculiaridade em sua poesia era o uso do ponto final.
Igualmente genial, para citar uma poesia sua filósofo poeta Antônio Cícero, é "Guardar".
Deixo meu pensamento sobre excelentes poemas: algumas palavras e inúmeras ideias.
Eu fiz a postagem com meu nome Tânio Sad Peres Corrêa Neves. Aparece como anônimo. É desagradável isso. Desculpe.
ResponderExcluirObrigado, Tânio,
ResponderExcluirpelo comentário e pelo elogio a "Guardar". Gostei muito.
Grande abraço