1.11.16
Jacques Prévert: "Le météore" / "O meteoro": trad. de Silviano Santiago
Le météore
Entre les barreaux des locaux disciplinaires
une orange
passe comme un éclair
et tombe dans la tinette
comme une pierre
Et le prisonnier
tout éclaboussé de merde
resplendit
tout illuminé de joie
Elle ne m'a pas oublié
Elle pense toujours à moi.
O meteoro
Por entre as grades do edifício penitenciário
uma laranja
passa como um raio
e vai cair no vaso
como uma pedra
E o prisioneiro
todo sujo de merda
resplandece
todo iluminado de alegria
Ela não me esqueceu
Continua pensando em mim.
PRÉVERT, Jacques. "Le météore" / "O meteoro". In:_____. Poemas. Seleção e tradução de Silviano Santiago. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Que alegria triste!
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